Atualizada às 10h58
Entre as empresas envolvidas na investigação da Operação Gangrena estariam a Gerafarma, Serrafarma e a Multimed.
Segundo a investigação, essas empresas agiam de forma fraudulenta, usando notas fiscais frias e burlando licitações para superfaturar o preço dos medicamentos comprados pela Sesapi.
Atualizada às 10h37
Três advogados do escritório do advogado Alexandre Nogueira, entre eles a filha do deputado federal Assis Carvalho, Isla Carvalho, compareceram à sede da PF para acompanhar os interrogatórios das pessoas levadas coercitivamente para o local. Elas prestam depoimentos sobre possível envolvimento com um esquema de desvio de R$ 7 milhões em compras superfaturadas de medicamentos na Secretaria Estadual de Saúde.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Movimentação de policiais na PF transportando documentos apreendidos
Porém, não tiveram acesso ao depoimento de Alexandre Nogueira. Eles aguardam na recepção notícias sobre o depoimento.
O filho de uma das funcionárias da Secretaria de Saúde, identificado como Miguel, também aguarda na recepção o fim do depoimento da mãe.
Também acompanham os depoimentos e a chegada de documentos e computadores dois controladores gerais da União.
Atualizada às 10h17
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sigifroi Moreno, acaba de chegar à sede da PF. Ele informou que irá acompanhar as investigações já que, segundo ele, existe cumprimentos de mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia.
“É função da Ordem dar total e irrestrita assistência aos advogados. Apenas um escritório de advocacia foi alvo da Polícia Federal, mas ainda não temos nada de concreto, já que estamos no início da investigação”, declarou Sigifroi.
O presidente confirmou que o escritório do advogado Alexandre Nogueira foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Atualizada às 0919
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a operação “Gangrena” que visa desarticular quadrilha especializada em desvio de recursos públicos do SUS, descentralizados para Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Em nota, a PF informa que o desvio chega a R$ 7 milhões em benefício de quatro empresas, com uso de notas frias, envolvendo agentes públicos vinculados a Central de Controles de Licitações e Secretaria de Saúde.
Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, 18 conduções coercitivas para interrogatório, 23 medidas cautelares diversas da prisão (suspensão da função pública (05), suspensão da atividade econômica (11), proibição de deixar o país (07)); bloqueio de contas bancárias e arresto de bens.
Atualizada às 09h
Uma viatura da Polícia Federal está estacionada em frente ao escritório do advogado Alexandre Nogueira, localizado no bairro Jóquei Clube, zona leste de Teresina.
Segundo o vigilante da Praça dos Skatistas, que prefere não se identificar, os policiais estão no local há pelo menos duas horas.
Atualizada às 08h46
Por volta das 6h, cinco policiais federais teriam dado cumprimento a um mandado de busca na casa de Mario Dias, filho do superintendente do Dnit, Sebastião Ribeiro. A casa fica localizada na rua Miguel Arcoverde, Bairro dos Noivos, zona leste.
Foram levadas pastas, computadores e documentos. Os policiais passaram cerca de uma hora no local.
A Polícia Federal do Piauí deflagrou nas primeiras horas da manhã de hoje (21) a Operação Gangrena, que investiga a venda superfaturada e irregular de medicamentos pela Secretaria de Saúde do Estado.
A Justiça bloqueou os bens de alguns servidores da Sesapi envolvidos no esquema.
A PF cumpre mandados de prisão e condução coercitiva em Teresina, Parnaíba e Recife.
Veja nota oficial da PF
“A Operação Gangrena visa desarticular quadrilha especializada em desvio de recursos públicos do SUS, descentralizados para Secretaria de Saúde do Estado do Piauí – SESAPI. A investigação revela a ação 04 (quatro) empresas fornecedoras de medicamentos para Secretaria de Saúde do Piauí – SESAPI, as quais ilicitamente burlaram a licitação empreendida através Pregão nº 096/2009, comprometendo a competitividade à medida que, a compra de medicamentos se deu por menor preço por lote ao invés de menor preço por item, excluindo assim os laboratórios fabricantes dos medicamentos. Estas empresas agiram no sentido de superestimar as necessidades dos hospitais; não entregaram os medicamentos adquiridos, o que se facilmente se depreende pelos indicativos de uso de notas ficais frias e falta de controles rígidos no almoxarifado central da SESAPI.
A lucratividade está representada nos quase sete milhões desviados em proveito do grupo investigado, através de atos de corrupção, envolvendo agentes públicos vinculados a Central de Controles de Licitações – CCEL (SEAD) e Secretaria de Saúde do Estado do Piauí – SESAPI na época do fato. Os membros da organização criminosa detêm grande poder de autonomia e representação dentro das específicas áreas de atuação.
A investigação conta com a participação de auditores da Controladoria-Geral da União – CGU. Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, 18 conduções coercitiva para interrogatório, 23 Medidas cautelares diversas da prisão (suspensão da função pública (05), suspensão da atividade econômica (11), proibição de deixar o país (07)); bloqueio de contas bancárias e arresto de bens.
Os crimes em apuração são de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, além de outros que possam ser caracterizados no decorrer da investigação.