Já é uma realidade no estado do Piauí a Rede de Cuidados Continuados. O convênio, firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Ministério da Saúde, através da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, teve sua primeira reunião de trabalho nesta quinta-feira (22), no auditório do HEMOPI.
Apresentação dos primeiros passos da Rede de Cuidados Continuados no estado foi feita pela diretora do projeto, Montserrat Dolz; Paulo Carrara, chefe do departamento de medicina social da FCM, da Santa de Casa de São Paulo e Sidney Bernardes, consultor da Gesaworld do Brasil. Estiverem presentes no evento o secretário de saúde Ernani Maia, o superintendente de assistência à Saúde, Pedro Leopoldino; o diretor-secretário da CMB, Mirocles Veras, além de diretores de hospitais e gestores da Sesapi. Várias entidades como a Fundação Municipal de Saúde, APPM, Conselho Estadual de Saúde e Sociedade de Geriatria foram convidadas.
Segundo o superintendente de assistência à Saúde, Pedro Leopoldino, a primeira ideia é colocar o Hospital Getúlio Vargas (HGV) como piloto do projeto. “Hoje é o primeiro contato para que fique definido como vamos trabalhar daqui pra frente. Precisamos tratar da questão do diagnóstico, das equipes que precisam ser formadas, além de outros pontos”, afirmou.
De acordo com Mirócles Veras, da CMB, o Piauí estará entre os cinco estados brasileiros que passam a oferecer estrutura de Cuidados Continuados. “”Vamos levar à população uma saúde diferenciada. Tenho certeza que em três anos já teremos um belo serviço em operação do Piauí. Temos os melhores profissionais envolvidos. Sabemos que não é fácil, mas é uma luta. Aqui é o início de um sonho”, disse o diretor.
O secretário Ernani Maia explica que o projeto está sendo implantado ainda em três estados (Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná), através do Hospital Samaritano. “O programa vai ficar pronto por completo em dois anos. Essa fase inicial é para montagem da equipe e diagnóstico. Vamos definir qual a intervenção que vamos fazer para tirar os pacientes crônicos dos hospitais de agudos, de suas residências, onde são mal cuidados, e de leitos de hospitais gerais. É uma inovação em vários países. Todos os hospitais de urgência estão lotados com pacientes crônicos.
A Fase 1 do projeto diz respeito ao diagnóstico e seleção de experiências iniciais. Em seguida começa a preparação das unidades e equipes e inicio das experiências piloto. A fase seguinte é o acompanhamento e avaliação das experiências. Entre os objetivos do projeto está a apresentação de alternativas orientadas à gestão por resultados, considerando os modelos de gestão hospitalar existentes no Brasil, além de caracterizar as necessidades relacionadas com a prestação de cuidados continuados.
O projeto presta cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados estão focados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.