Evolução: taxistas abandonam profissão e migram para o Uber em Teresina

Por conta da crise criada pelo funcionamento do aplicativo Uber em Teresina, oferecendo mais qualidade no serviço prestado e preços das corridas até 50% mais baratas, mais de 60 taxistas migraram para o Uber. Eles alegam que não estavam mais ganhando dinheiro na profissão e, por isso, devolveram os seus alvarás para a Prefeitura. De acordo com o presidente da Cooperativa de Táxi de Teresina, Pedro Ferreira, um alvará era vendido por R$ 70 mil e passado gratuitamente aos taxistas!

Segundo ele, hoje, enquanto os taxistas estão há mais de 50 anos e com 2040 funcionários, o Uber tem, em 8 meses de operação, mais de 10 mil motoristas em Teresina. “Estamos correndo o risco de acabar a profissão. Em Brasília não tem mais taxistas, nem cooperativas de táxi”, afirma Pedro Ferreira.Ele fala que sua cooperativa recebia 70 mil chamadas por dia, e hoje foi reduzida para 20 mil. Com isso foi obrigado a demitir oito funcionários. 
 
Os taxistas afirmam que a crise está tão grande na categoria que muitos estão complementando sua renda com vendas de dindim: “Comecei a vender em casa e como está cada vez mais difícil ganhar dinheiro com táxi, estou vendendo dindim aqui no protesto para garantir minha renda”, declarou Francisco Nunes.

Os usuários também tem reclamado em redes sociais e entrevistas a imprensa, dos preços absurdos cobrados pelos taxistas, além de ao entrarem no carro, mesmo sem o veículo começar a andar, já estarem pagando (bandeirada), somando ao costumas mau humor dos motoristas de táxi, veículos sem a higiene necessária, motoristas mau vestidos. Os taxistas também são acusados pelos usuários e “fecharem a cara” quando o cliente pede para ligar o ar condicionado.