Denúncia: Facção criminosa PCC estaria encomendando a morte de Fábio Abreu, Secretário de Segurança do Piauí

O deputado federal licenciado e Secretário da Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu (foto cima), está sofrendo ameaças de morte por parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Piauí. A informação foi divulgada na imprensa local e confirmada pelo próprio secretário, na tarde desta quarta-feira, 4 de Setembro.

Fábio Abreu, por ser deputado federal, procurou o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia: “A informação (sobre as ameaças de morte) eu repassei a ele (Rodrigo Maia]) com documentação para solicitar um apoio uma vez que eu sou deputado federal”, explicou.

Segundo o secretário, Rodrigo Maia encaminhou a documentação para a Polícia Federal que vai investigar o caso, mas que a própria Polícia Civil já está apurando: “Na verdade a gente está acompanhando a nível estadual, mas como eu sou deputado federal, ele tomou essa providência (de acionar a PF)”.

Questionado sobre há quanto tempo vem sofrendo ameaças e como elas são feitas, Abreu respondeu que há 6 meses e que elas não chegam diretamente até ele: “(Estou recebendo) há uns 6 meses, mas não são ameaças diretas, é um ‘cano’ que eles estão organizando por eu estar incomodando eles em relação à apreensão de drogas e prisões que a gente fez. Seria uma organização por parte deles, eles nunca chegaram a me ligar e nem me ameaçar diretamente para obter minhas informações”, afirmou.

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí lançou uma nota, ratificando a informação, sem apresentar maiores detalhes, em virtude do sigilo das investigações.
 
Confira a nota na íntegra:

Sobre a informação de que uma investigação apontou articulação de criminosos contra o secretário Fábio Abreu, a Secretaria Estadual de Segurança Pública confirma a veracidade do fato. Investigações do Núcleo de Inteligência da SSP confirmaram que mais de 10 detentos custodiados em penitenciárias do Piauí estariam planejando ações criminosas para desestabilizar a atual gestão. Todos os detentos seriam integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e estariam insatisfeitos com as operações policiais de combate a explosões de caixas eletrônicos e tráfico de entorpecentes. A investigação ainda constatou que um dos presos planejava ações criminosas contra a vida do secretário. O trabalho policial gerou a produção de um relatório que foi levado ao presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, para conhecimento já que o atual gestor é deputado federal. Diante da necessidade de sigilo do caso, mais informações não podem ser repassadas à imprensa.