O cardiologista Paulo Márcio, diretor do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), fez um atendimento de emergência a bordo de um avião que decolou de Teresina, na madrugada desta terça-feira (27). Ele conta que a passageira era uma mulher que faz acompanhamento por um câncer e passou mal. Este é o segundo caso atendido pelo médico que, há alguns anos, socorreu o ex-prefeito Firmino Filho também durante um voo.
“O avião saiu às 4h30. Com 50 minutos de voo, a comissária anunciou que estava tendo uma emergência a bordo e precisava de um médico. Eu estava na poltrona 12 e vi que havia uma movimentação muito grande na poltrona 19. Fui até lá e me deparei com uma passageira que teve um desmaio seguido de convulsão. Ela estava com a pressão e frequência cardíaca baixa. Fiz as manobras de reanimação e de assistência à uma pessoa em emergência médica, que se recomenda internacionalmente”, relatou Paulo Márcio.
O cardiologista conta que o atendimento durou cerca de 40 minutos e foi realizado no corredor do avião.
“Estabilizei a via aérea, peguei a veia, fiz as medicações para aumentar a frequência, para aumentar a pressão arterial, tudo ali, no meio do corredor, na frente dos passageiros e da comissária de bordo, que abriu as malas de reanimação e eu fiz o suporte de assistência. Ela recobrou a consciência e ficou bem”, conta o médico que fez um post de agradecimento nas redes sociais.
“Obrigado, Deus. Após um susto a bordo e um atendimento de urgência nos ares, recebemos a gratidão da tripulação. A vida é sobre iso: servir e fazer o bem”, postou o médico.
O atendimento foi registrado pela empresa aérea no relatório de ocorrência médica a bordo e terminou sob aplausos da tripulação e de passageiros. A mulher- que já havia sido submetida a 16 sessões de quimioterapia- vinha de um tratamento médico em Teresina com destino a Goiânia.
Paulo Márcio relembra que o atendimento a bordo prestado ao ex-prefeito Firmino Filho foi em uma situação ainda mais grave. “Ele saiu do avião direto para a UTI. O atendimento que fiz foi numa situação extremamente semelhante e com um grau de gravidade importante”, relembra o cardiologista.