Salários em atraso é motivo de paralisação de motoristas e cobradores em Teresina

A semana começa com uma paralisação de motoristas e cobradores em Teresina. Através de uma nota divulgada nesta segunda-feira (27), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários do Estado do Piauí (Sintetro-PI) informou que os trabalhadores cruzaram os braços como forma de reivindicar o pagamento dos salários e férias atrasados.

Ainda na nota, o sindicato denuncia demissões irregulares, ocorridas sem o devido pagamento dos direitos trabalhistas. De acordo com o sindicato, várias tentativas de negociação foram realizadas com a classe patronal, que até o momento, segundo a nota, não demonstrou interesse.

Além da paralisação, a frota de ônibus está reduzida devido à pandemia do coronavirus. “Fizemos várias tentativas de negociar com a parte patronal, mas até o presente momento estamos vendo que não há nenhum interesse deles negociarem. Desde o início do diálogo, a parte patronal utilizou-se manobras visando a resdução de direitos dos trabalhadores. Diante desta realidade, onde os trabalhadores não receberam integralmente o salário de março e estão com o pagamento de férias atrasadas”, informou nota do Sintetro.

Em nota, o Setut informou que vai acionar os órgãos responssáveis para que sejam tomadas as medidas cabíveis e a população não seja ainda mais penalizada. De acordo com o órgão, a paralisação descumpre a lei, a qual prevê, em casos de greve, a manutenção de 30% do transporte público em circulação. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a frota já estava circulando com percentual mínimo de 30%.

Veja na integra a nota do Setut : 

Esclarecimento

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que as empresas foram surpreendidas na manhã desta segunda-feira (27) com a greve dos motoristas e cobradores. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) não oficializou a paralisação, conforme determina a lei que também prevê, em casos de greve, a manutenção de 30% do transporte público em circulação. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a frota já estava circulando com percentual mínimo de 30%. Diante disso, o Setut acionará os órgãos responsáveis para que sejam tomadas as medidas cabíveis e a população não seja ainda mais penalizada.

O Setut esclarece ainda que não houve, até o momento, nenhum acordo entre as empresas e o Sintetro. As reuniões que ocorreram, intermediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, objetivaram um acordo entre as categorias para evitar demissões no setor. Entretanto, não houve acordo desejado.