Delegados do Piauí paralisam atividades a partir de hoje (27)

Os delegados da Polícia Civil do Piauí iniciam paralisação a partir desta terça-feira (27). O movimento chamado de “Operação Padrão” quer pressionar o governo do Estado sobre a “falta de condições de trabalho, da desvalorização profissional e do caos instalado na Segurança Pública”.

Hoje, a partir das 9h, a categoria se concentra na Assembleia Legislativa, onde será realizada uma audiência pública para discutir o plano estadual de segurança pública e as estruturas básicas e remuneratórias das polícias militar e civil. A reunião será na Comissão de Constituição e Justiça.

Além dos delegados, as outras classe dos policiais civis e militares também participam da audiência realizada na Alepi.

A presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de Carreira do Piauí (Sindepol), Andréa Magalhães, esclarece que nesta terça a categoria para por duas horas. Na quarta-feira (28) começam as paralisações em delegacias, iniciando pelo 1° Distrito Policial, no Centro de Teresina.

“Todos os Delegados se concentrarão no Distrito Policial, previamente indicado, e farão uma inspeção minuciosa de toda estrutura da delegacia, assim como analisarão as escalas de serviço, a cota de combustível, efetivo, regularidade nas documentações das viaturas e regularidade nas licenças dos computadores. Com isso, será elaborado circunstanciado relatório, o qual será encaminhado às autoridades competentes. No interior, a concentração será, preferencialmente, nas delegacias regionais”, esclarece nota do Sindepol.

Boletins de Ocorrências deixarão de ser registrados

Além dos delegados, outras categorias do Polícia Civil também irão paralisar. O Sindicato dos Policias Civis do Piauí (Sinpolpi) deliberou que, a partir do dia 3 de abril, agentes, escrivães e peritos paralisam por tempo indeterminado.

O presidente do Sipolpi, Constanino Júnior, explica que investigações e os registros de Boletins de Ocorrência serão suspensos durante a paralisação.
“Os atendimentos serão somente as crimes de homicídio, latrocínio, estupro, criança vitima e idoso”, ressalta o Sinpolpi.

Além da melhoria nas condições de trabalho, a categoria também reivindica aumento salarial. Eles querem que o reajuste seja 60% proporcional ao vencimento dos delegados.