Em depoimento, Dilma nega irregularidades em suposta compra de MP

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) negou irregularidades na tramitação da MP (Medida Provisória) que concedeu incentivos fiscais ao setor automobilístico, em 2009. A ex-mandatária prestou depoimento hoje à Justiça Federal de Brasília, no âmbito da Operação Zelotes.

O processo apura denúncia do MPF (Ministério Público Federal) que apura se houve venda de uma MP (Medida Provisória) editada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para beneficiar empresas do setor automotivo.

O processo acusa o ex-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de cometer crimes de corrupção passiva ao atuar no suposto esquema que envolveu irregularidades na edição da MP. O MPF aponta que os réus, o ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (grupo Caoa) e Paulo Ferraz Arantes (MMC-Mitsubishi).

A ex-presidente foi ouvida por cerca de uma hora por videoconferência, em Porto Alegre. Dilma foi chamada a prestar depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é réu no caso.

A ex-presidente respondeu aos questionamentos do advogado de Lula Cristiano Zanin e da procuradora federal Melina Flores. À época da edição da MP, Dilm era ministra Chefe da Casa Civil, negou que a medida tenha tido uma tramitação diferente das demais. A petista também disse que não tem ciência do pagamento de propinas referentes à aprovação da MP.