Presidente do Sindicato dos Médicos volta a criticar governo sobre sistema de UTI’s

O presidente do Sindicato dos Médicos do estado do Piauí, Samuel Rêgo, voltou a criticar a incapacidade do governo estadual em tratar a pandemia de coronavírus. O presidente do SIMEPI disse que o Hospital da Polícia Militar conta com UTI abandonada, enquanto o governo do estado gasta recursos para fazer hospital de campanha.

“Hoje estou aqui não apenas para falar, mas para mostrar também um documento de autoria do próprio secretário, em que ele encaminha informações sobre o Plano de Recuperação do setor de saúde do estado, para o qual foram destinados, segundo ele, quantia de R$ 1,970 milhão”, disse o presidente, apresentando a documentação mencionada.

Segundo Rêgo, o secretário de Saúde, Florentino Neto, precisa agir com transparência e explicar onde estão sendo aplicados os recursos destinados pelo governo federal a combater o coronavírus. Ele disse que Florentino Neto encaminhou ofício ao Tribunal de Justiça do Estado em 17 de julho do ano passado informando que o HPM (Hospital da Polícia Militar) contava com 10 leitos de UTI (Unidade Terapia Intensiva). “O senhor disse, secretário, que 80% dos leitos estavam concluídos naquele momento”, complementou.

Ele havia feito denúncia sobre o abandono do Hospital da Polícia Militar. O governo disse que as acusações do médico não faziam sentido e que o HPM faz parte do Projeto Sentinela na garantia de atendimento aos eventuais casos da doença. Ele gravou um novo vídeo e disse que o estado não está sendo transparente. “Os médicos estão trabalhando sem Equipamentos Individuais de Proteção e muitas vezes tendo que aplicar seus próprios recursos na aquisição destes EPIs”, salientou Samuel Rêgo.

O presidente do SIMEPI disse ainda que o Plano de Recuperação foi apresentado pelo secretário, além do TJPI, para o TCE/PI (Tribunal de Contas do Estado), no entanto não foi cumprido a contento. Como exemplo, citou que no Hospital Infantil foram programados nove leitos e realizados apenas quatro, o mesmo tendo ocorrido em relação à Maternidade Evangelina Rosa. No HGV (Hospital Getúlio Vargas), foram previstos 20 leitos e os mesmos não foram realizados.

Por Toni Rodrigues