Após a reunião com a bancada do Piauí no Congresso Nacional, o governador Wellington Dias (PT) comentou que sua mensagem principal ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), presente no encontro, foi justamente o interesse dos governadores em negociar com o Executivo e o Legislativo para chegar a um entendimento.
“Nós temos um caminho muito aberto para tratarmos da previdência como prioridade, com mudanças que tragam equilíbrio atuarial. E as propostas para isso nós temos, mais de uma alternativa. E no meu campo político, temos uma posição e também propostas para alcançar o mesmo objetivo”, explica o petista.
Baixe a íntegra da apresentação feita por W.Dias na reunião
Para Dias, o mais importante é que a reforma não coloque a carga do déficit da previdência nos mais pobres, em especial, nos trabalhadores rurais. “Isso já estragou muitas reformas lá atrás”, completa. Outros pontos a serem debatidos incluem a expectativa de vida, o misto entre idade e contribuição, e tempo adequado de implantação.
“Mas uma posição é essencial para os governadores. Queremos uma solução para o futuro e junto uma solução para o presente. Não adianta aprovar a reforma e continuarem alguns estados com os salários atrasados’, continua. Uma das opções é a criação de um fundo, com duas regras principais: a possibilidade de carimbar ICMS para a previdência e garantir a securitização da dívida ativa. Que permitiria aos estados, explica Wellington, “captar hoje uma poupança com a reforma prevista para o futuro”.
Idade mínima
Na opinião de Dias, a idade mínima adequada para o equilíbrio atuarial é
65 anos com 35 de contribuição. “Mas não há uma regra só. Temos de ter a
coragem de acabar com os privilégios. Além disso, ter regra única para a
previdência geral e para a previdência complementar. Valer para todas
as classes”, conclui.