O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) está em Teresina para uma reunião com a bancada do Piauí no Congresso Nacional. O encontro acontece no restaurante Cantinho do Faustino, com a presença do governador Wellington Dias (PT).
“Estamos visitando o Piauí para conversar com a bancada e especialmente com o governador Wellington Dias, que conhece muito o tema, com responsabilidade e equilíbrio, e que pode nos ajudar a construir um texto na Câmara”, diz o parlamentar.
Maia avalia o atual sistema previdenciário como “desequilibrado” e “injusto” e defende que a proposta precisa, acima de tudo, fazer justiça social, respeitando os mais pobres. “O trabalhador que ganha um salário mínimo e que não consegue contribuir os 15 anos, só se aposenta com 65. E os que ganham mais, conseguem se aposentar com 55, algumas categorias até com menos de 40. É desorganizado e injusto”, pontua.
Sobre as iminentes mudanças, o presidente diz que elas não podem “de forma nenhuma” afetar quem ganha menos. Diz que ao ser fixada a idade mínima é preciso considerar a evolução da expectativa de vida. “Para que o brasileiro possa trabalhar e também ter direito a sua aposentadoria”, pondera.
Privilégio dos Congressistas
Quanto aos questionamentos sobre a necessidade de mudanças também para a classe política, Maia diz que a proposta – pelo menos a elaborada pelo governo Michel Temer – muda também o sistema previdenciário dos deputados. “Ninguém se aposenta com 8 anos [de contribuição]. É mentira. São 35 anos [de serviço] e 60 anos de idade. E vai caminhar para os 65”, justifica.
Texto pactuado
Para o parlamentar, o debate com líderes pelo país têm sido importante. Mesmo antes da apresentação da proposta do governo Jair Bolsonaro. Os governadores têm demonstrado a intenção de debater, diz Maia, e reforça a defesa de que o texto não seja uma imposição do Congresso ou da presidência, mas sim uma proposta pactuada, que traga solução para os municípios, estados e a União.