O governador Wellington Dias entregou, nesta segunda-feira (23), a Cadeia Pública de Altos, o maior e mais moderno presídio do estado. A estrutura prisional conta com três pavilhões, sistema de monitoramento eletrônico, módulo isolado para agentes penitenciários e capacidade para 603 detentos, que serão classificados por nível de risco.
A distribuição dos presos em alto, médio e baixo risco social garante uma política de ressocialização mais eficiente e segura. “Além de desafogar o sistema penitenciário, o principal objetivo desta cadeia é a ressocialização por meio da educação e profissionalização. Neste processo, o sistema de classificação por risco é essencial, uma vez que os internos mais perigosos, que vivem do crime, serão separados dos de médio e baixo risco, evitando que esses últimos saiam da prisão para cometer mais crimes. A finalidade é que os internos saiam estudados e aptos a conseguir um emprego e/ou empreender, o que significa a redução da criminalidade no estado”, esclareceu o governador.
A nova unidade prisional do Estado em Altos deverá investir fortemente em ações que envolvam educação. “O Piauí já é destaque nacional no que tange à educação de detentos. Cerca de 40% dos nossos internos estuda e a intenção é ampliar as atividades educativas dentro dessa nova linha de organização pela avaliação de risco. Destaco também o espaço exclusivo para o tratamento de dependentes químicos e para o isolamento de lideranças negativas. Essas ações conjuntas são o caminho para um Piauí cada vez mais seguro e desenvolvido”, pontuou o secretário de Estado da Justiça, Carlos Edilson.
O investimento total para a construção do presídio foi de R$ 21,4 milhões, recursos do Governo do Estado e do Ministério da Justiça. Atuarão na Cadeia Pública de Altos mais de 80 agentes penitenciários. “É um momento de encarar o futuro. A modernidade está chegando ao sistema penitenciário do Piauí e nós estamos diante da primeira unidade totalmente diferenciada. Esta cadeia traz um trabalho seguro e digno para os agentes. São dois pisos, com agentes trabalhando na parte superior e na parte inferior, garantindo o contato atenuado com os detentos. O agente domina toda a estrutura e faz com que o seu serviço seja melhor desempenhado com maior segurança para a unidade como um todo”, disse o diretor da cadeia, Antônio Vinicius da Silva.
A unidade, que recebeu o nome do agente penitenciário Antônio José de Sousa Filho, é equipada com scanner corporal, pórticos, raio X e sistema de monitoramento. Possui setores de saúde, assistência social, trabalho, parlatório para advogados, tratamento de dependentes químicos, visita íntima e quatro salas de ensino, com biblioteca e informática. Cada pavilhão possui 26 celas, cada uma com capacidade para oito detentos, com camas beliche, chuveiro, pia e sanitário.