Apesar do aumento no número de óbitos por Covid-19 em Teresina, que ameaça congelar o processo de retomada das atividades, é cada vez maior na cidade o número de pessoas consideradas ‘imunes’ ao vírus. É o que aponta a 14ª Etapa da Pesquisa Sorológica encomendada pela Fundação Municipal de Saúde, divulgada nesta quarta-feira (22) pela prefeitura.
Realizado entre os dias 17 e 19 de julho, o levantamento estima mais de 200 mil infectados na capital, número 17 vezes maior que o registrado nas estatísticas oficiais. Em relação à semana anterior, houve queda de 7% nos novos casos.
Dos contaminados na capital, 93.230 são casos de infecção remota. Pessoas que, em tese, estão imunes ao vírus e atuam como “barreiras” no processo de propagação da doença.
Já o número de pessoas com infecção ativa e “provavelmente infectantes” é estimado em 20.151.
A pesquisa mostra ainda queda no índice de reprodução do vírus, atualmente em 0,66. Este indicador estima quantas pessoas são infectadas a partir de um indivíduo doente.
Na distribuição da doença na cidade, a etapa do levantamento mostra queda nos casos na Zona Sudeste, que concentra agora apenas 5% dos casos. Os maiores índices são na Zona Sul, com 38%, e Leste, onde estão 33% dos infectados. Zona Norte registra 24%.
A faixa etária mais atingida na cidade é a as pessoas que têm entre 35 e 44 anos. Em relação à ocupação, 38% dos infectados são empresários, profissionais liberais ou autônomos e 33% aposentados, estudantes ou trabalhador doméstico.
Os principais fatores de risco relatados são pressão alta, obesidade e diabetes. Dos sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, coriza e ausência de olfato/paladar.