A transferência do traficante faz parte das medidas firmadas entre os governos federal e do estado de São Paulo, e integra a estratégia de isolar as quadrilhas que agem dentro e fora dos presídios paulistas.
Os governos federal e estadual decidiram transferir todos os detentos que aparecem entre os responsáveis pelas mortes de policiais. Desde o início do ano, 90 policiais foram assassinados.
O traficante está na penitenciária de Avaré desde agosto. Ele cumpre pena por porte ilegal de arma, receptação, roubo, sequestro, falsidade ideológica e homicídio.
Durante operação na favela Paraisópolis, na capital paulista, iniciada em 29 de outubro, foi encontrada uma lista com o nome de 40 policias militares e de dois policiais civis que deveriam ser executados. Segundo a polícia, essa lista teria sido feita por Piauí.
TRANSFERÊNCIA
Na terça-feira (6), o governador Geraldo Alckmin anunciou um pacote de mudanças para conter a criminalidade, e acredita que as transferências possam dificultar a circulação de informações entre a quadrilha que coordena os ataques.
A decisão foi tomada em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As ações de contenção à violência serão conjuntas entre os governos estadual e federal.
O ministro disse que foi acertada a transferência de presos, mas que não serão informados os nomes e as datas, por questão de segurança. Já o governador adiantou que detentos envolvidos na morte de policiais e de agentes penitenciários serão prioridade nessas transferências.