O superintendente do Hospital Universitário, médico Paulo Márcio, confirmou agora há pouco que o hospital está pronto para receber os 30 pacientes com Covid-19 que estão sendo transferidos de Manaus para Teresina.
O avião da Fab (Força Aérea Brasileira) iria desembarcar, às 13 h, mas foi alterado para, às 18h.
“A Fundação Municipal de Saúde informa que, em função de problemas de logística no abastecimento de oxigênio no avião da Força Aérea Brasileira que traria os pacientes de Manaus/AM para Teresina, o voo sofreu um atraso e sua chegada está prevista para as 18h”, diz nota da Prefeitura.
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (MDB) e o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, estavam em deslocamento para o aeroporto quando foram informado do atraso da chegada da aeronave.
As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já estavam mobilizadas nas proximidades do aeroporto para realizar o traslado dos pacientes Covid quando receberam a informação de que o voo da Força Aérea Brasileira só pousaria na capital por volta das 18 h. No local, também já havia a presença de agentes da Strans, para realizar o controle de tráfego.
De acordo com a diretora geral do SAMU em Teresina, Francina Amorim, as equipes permanecerão durante toda a tarde preparadas para o deslocamento dos pacientes do aeroporto para o Hospital Universitário. Segundo ela, 10 ambulâncias foram disponibilizadas para realizar o serviço.
São duas ambulâncias de suporte avançado, quatro intermediárias, duas de suporte básico e outras duas do SAMU estadual.
De acordo com a diretora geral do SAMU não há informações sobre o real estado de saúde dos pacientes que chegarão à Teresina no final da tarde.
“Não foi nos informado. Só sabemos que tem alguns pacientes que vem com aporte de oxigênio. Então, como não sabemos o estado dos pacientes, estamos preparados para receber pacientes graves”, disse.
As equipes devem deixar a sede do Samu, na avenida Gil Martins, por volta das 17h30.
Crise em Manaus
Nos últimos dias, Manaus vivencia uma situação delicada e enfrenta dificuldades no combate à pandemia da Covid-19. A capital amazonense bateu recorde de novas hospitalizações: foram 2.221 só nos 12 primeiros dias de janeiro. O número é maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril, primeiro pico da pandemia no Amazonas, quando 2.218 pessoas foram hospitalizadas. No início desta semana, Manaus registrou taxa de ocupação dos leitos de UTI de 90% na rede pública e 93% da rede privada. Também houve recorde de sepultamentos em Manaus nos primeiros dias do ano, com média diária de 111 enterros, bem acima das médias registradas nos meses de abril (93 por dia) e maio (76 por dia) do 2020.