Um dia após ser reeleito ao cargo, o novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI) criticou a interferência política no processo eleitoral da entidade que, segundo ele, foi marcado também por excesso econômico. Celso Barros, que venceu com uma diferença de 59 votos, avalia que o sistema deve ser reformulado.
“O nosso sistema eleitoral todo deve ser revisto, mais fiscalizado, limitando-se realmente os gastos […] no Piauí tivemos situações, como em Parnaíba, que a Prefeitura trabalhou para um candidato e isso não pode ocorrer. O advogado, às vezes, se sente compelido porque trabalha em uma Prefeitura e há a imposição de que haja o voto para determinado candidato. Acredito que o prefeito Mão Santa não tenha conhecimento disso, mas todo mundo sabe lá que houve esses aspecto pontual, essa investida muito forte”, disse o novo presidente.
Há 18 anos, um presidente não era reeleito na OAB-PI que conta com 18 mil advogados. Uma das metas da atual gestão de Celso Barros é ampliar a atuação da Ordem no interior do Piauí.
“Aumentar mais as regionais criando em Altos, Piracuruca, Simplício Mendes, Simões e Paulistana […] nosso desafio, sem pandemia, é navegar em um ‘mar calmo’, navegar de forma que não haja tanto comprometimento quanto houve nessa gestão. A pandemia nos fez reinventarmos, tivemos criações, mais ideias para chegar até ao advogado que está em Cristalândia, em Parnaguá. De certa forma, hoje temos como chegar, temos como programar atividades. Temos como chegar em todo o Piauí e a OAB cumprirá o papel de ser difusora das ações da advocacia, como também da sociedade”, pretende Celso Barros.
A eleição da OAB ocorreu neste domingo (21). A votação aconteceu, simultaneamente, na Sede do Conselho Seccional, em Teresina, e nas 15 Subseções da OAB Piauí no interior.