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A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), por meio da Superintendência de Direitos Humanos, realiza a Semana Estadual da Visibilidade de Travestis e Transexuais. O evento ocorre em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, e conta com uma programação que envolve as Secretarias de Estado da Justiça, da Educação, da Saúde, da Segurança Pública e das Mulheres.
De acordo com Sônia Terra, superintendente de Direitos Humanos da Sasc, o principal objetivo da Semana Estadual da Visibilidade de Travestis e Transexuais é alinhar ações com as demais secretarias voltadas para esse público. “Nesse início de governo é fundamental dar visibilidade, sobretudo, a esse compromisso do governador Rafael Fonteles e da nossa secretária Regina Sousa, no sentido de que precisamos perpassar por todas as secretarias e órgãos governamentais com ações que pensem políticas públicas específicas para esse segmento. Nessa perspectiva, ao longo dessa semana, realizamos uma série de visitas técnicas, buscando inclusão e ações de saúde, segurança e educação”, afirmou a gestora.
A diretora de Direitos da População LGBTQIA+ da Sasc, Joseane Borges, ressalta que a ações em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans ocorrem em todo o país. “Em todo o Brasil são realizados eventos em alusão a essa data tão importante e o Piauí não fica de fora, a gente consegue realizar todos os anos algum tipo de ação voltada para dar essa visibilidade ao tema. Este ano, como estamos no início da gestão, realizamos visitas técnicas para que possamos formalizar essa parceria com os novos gestores e levar nossa principal pauta, que é a luta contra a LGBTfobia no Piauí e, principalmente, fomentar essa parceria com as outras pastas”, disse a gestora.
Joseane Borges lembra os índices de mortes por transfobia e ressalta que políticas públicas voltadas para esse público são a principal forma de combater tal violência. “Nós sabemos que o Brasil é o país mais transfóbico do mundo, por 14 anos estamos no topo como o país que mais mata transexuais, pessoas que são mortas pelo simples fato de existir”, ressaltou a diretora.
Ela cita ainda algumas ações que já estão em andamento e que serão realizadas em parcerias com outros órgãos do Estado. “Queremos fortalecer as ações que já existem e as novas ações para os próximos quatro anos. Vamos elaborar um relatório de 100 dias, visando fomentar as políticas públicas para a população trans. Na saúde buscamos, por exemplo, a ampliação do ambulatório Trans, que trata especificamente da saúde integral da população de travestis e transexuais; na educação temos também uma série de projetos, mas um dos principais alavancadores dessa nova gestão é levar o projeto ‘Respeitar é Preciso’ para as escolas, trabalhando com todo o corpo educacional atividades que incitem a não violência para esse público; na área da Segurança Pública também tivemos um grande ganho, que foi a criação da coordenação de proteção à população LGBT”, relatou Joseane Borges.
O Dia Nacional da Visibilidade Trans foi criado em 2009, em memória ao 29 de janeiro de 2004, quando travestis e transexuais foram a Brasília para o lançamento da campanha “Travesti e respeito”, solicitando projetos e ações que favorecem essa população.
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