Motoristas de aplicativo em greve
Foto: Reprodução/WhatsApp
Motoristas de aplicativo e entregadores por aplicativo em Teresina aderiram ao movimento nacional da categoria e interromperam suas atividades nesta segunda-feira (15). A principal reivindicação dos trabalhadores é o fim da cobrança de taxas abusivas pelas empresas que operam os serviços, além de exigir contrapartidas do governo e da prefeitura para melhorar as condições de trabalho.
Os serviços de corrida por aplicativo estão disponíveis em Teresina desde 2016, e atualmente há cerca de 10 mil motoristas regularmente cadastrados. A paralisação de hoje visa chamar a atenção das autoridades para os problemas enfrentados diariamente pelos profissionais. Um dos principais problemas é a falta de sinalização específica para os serviços de aplicativo nas vias públicas, o que resulta em multas abusivas, de acordo com a categoria.
Os motoristas de aplicativo também estão solicitando do poder público a concessão de benefícios que já são concedidos em outros estados, como a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Érico Luís, representante da categoria dos motoristas de aplicativo, explica que quando o serviço foi introduzido em Teresina, em 2016, as empresas pagavam R$ 3 por quilômetro rodado. Atualmente, esse valor caiu para R$ 1 por quilômetro. Além disso, antes as empresas recebiam 20% do valor cobrado dos passageiros como tarifa, enquanto agora esse valor é de apenas 50% do que o motorista arrecada com a corrida.
Os motoristas também apontam que os custos com combustível e manutenção dos veículos aumentaram, uma vez que eles devem atender a um padrão estabelecido pelas empresas.
A paralisação está ocorrendo em todo o país, e em Teresina, os motoristas estão se concentrando em protesto na Avenida Zequinha Freira (zona Leste), na Avenida Miguel Rosa (zona Sul) e na entrada da Ponte da Primavera (zona Norte). Até o momento, de acordo com a categoria, não houve resposta do governo ou da prefeitura para um diálogo. Os trabalhadores já solicitaram a intervenção do Ministério Público do Trabalho para mediar as negociações.