O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí – SINPOLPI reagiu a atitude do delegado Renato Pinheiro (foto), lotado em Barras, cidade distante 120 Km ao norte de Teresina, por ter dado voz de prisão a um policial civil que se recusou a exercer a função de escrivão, nesta Quarta-feira, 21 de Março de 2018.
O áudio do presidente do SINPOLPI Constantino Júnior, circula em grupos de WhatsApp e deixa claro que “o abuso de autoridade” contra o policial Moisés Diniz terá consequências judiciais, provocadas pela própria categoria.
“Entrei em contato com o delegado geral e ele inclusive já me respondeu que enviou uma equipe da corregedoria para Barras. Falei com o nosso jurídico, e nós vamos dar assistência ao policial civil Moisés Diniz, mesmo ele não sendo filiado”, explicou Constantino.
Para o presidente, o caso é inaceitável e, em 30 anos de profissão, nada igual teria ocorrido. “Porque um fato dessa natureza além de ser lamentável, não podemos aceitar de maneira nenhuma. Nós nunca tínhamos convivido com uma situação dessas, um cara que chegou há pouco tempo e não sabe nem se realmente é polícia. Uma ação e conduta totalmente desequilibrada. Prende um policial civil que estava em seu local de trabalho pelo fato de ter se recusado a trabalhar como escrivão, sem ter cometido nenhum crime”, disse.
Segundo informações, há meses o distrito policial de Barras funciona sem um escrivão. Para o SINPOLPI, nem a recusa, vista como desacato, ou qualquer outro fato ‘criminoso’, não caberia prisão ao policial nessas circunstâncias.
“Mesmo que tivesse cometido um crime, o desacato não caberia prisão. Nós pretendemos representar contra esse delegado por abuso de autoridade na Corregedoria para que possa ter de forma sistemática. A gente está dando uma resposta para esse delegado, e mostrar que aqui não tem nenhum moleque dele, muito menos um empregado. Esse cara com certeza irá sentir o peso do Sinpolpi”, pontuou.