A Câmara Municipal de Teresina está atualmente com duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em andamento, que têm gerado grande expectativa na capital. Uma delas apura o suposto rombo de até seis bilhões de reais deixado pela gestão passada da Prefeitura, pelo ex-prefeito Dr. Pessoa, segundo o atual prefeito, Silvio Mendes. A outra CPI investiga problemas na prestação do serviço de coleta e destinação do lixo na cidade, uma crise que afeta diretamente a população e a atual gestão do prefeito Dr. Sílvio Mendes. Que deixou de fora ex-secretários de Dr Pessoa.
Entenda a CPI do rombo na Prefeitura de Teresina
A CPI que investiga o rombo nas contas públicas da Prefeitura está presidida pelo vereador Dudu (PT), conhecido por protagonizar diversas CPIs ao longo dos anos, embora nenhuma tenha gerado resultados concretos até o momento. O foco dessa investigação é verificar se o déficit financeiro denunciado pela atual administração realmente chega a seis bilhões de reais, conforme afirmado pelo prefeito Sílvio Mendes.
Foto Câmara de Teresina
Em depoimento recente, Robert Rios, que foi vice-prefeito e secretário de Finanças na gestão de Dr. Pessoa, afirmou que o maior desfalque teria sido cometido por membros da própria família do ex-prefeito. Segundo ele, o filho do ex-prefeito, João Pessoa (conhecido como Pessoinha), a esposa Samara Conceição e a chefe de gabinete Sol Pessoa, estariam envolvidos no desvio de recursos. Rios eximiu vereadores e secretários da gestão passada de responsabilidade no rombo, ou “ROUBO”, como ele mesmo disse.
Entenda a CPI do lixo
A segunda CPI, presidida pelo vereador Fernando Lima(PDT), apura os problemas que a atual gestão enfrenta com a empresa responsável pela coleta do lixo em Teresina. A empresa tem entrado em greve frequentemente, alegando falta de pagamento por parte da Prefeitura. O prefeito Sílvio Mendes já manifestou intenção de cancelar o contrato devido à crise financeira, mas garante que os pagamentos estão sendo feitos dentro do mês.
Ex-secretários de Dr Pessoa que ainda não foram convidados a depor nas CPIs
Questionamentos foram feitos sobre a fiscalização dos contratos com empresas prestadoras de serviço, especialmente no que tange à atuação dos vereadores. O vereador Deolindo Moura, entrevistado pela tvnpiaui, chegou a afirmar que a responsabilidade pela fiscalização dessas empresas recai principalmente sobre a Prefeitura, contratante dos serviços. Sobre o papel do Legislativo em acompanhar esses contratos, ele sugeriu que a responsabilidade maior é da gestão atual, levantando dúvidas sobre o alcance da fiscalização parlamentar.
Desafios e expectativas
Enquanto as CPIs seguem seu curso, a população aguarda transparência e resultados concretos para que os responsáveis pelos supostos desvios e pela crise nos serviços públicos sejam devidamente responsabilizados. A crise financeira e administrativa afeta diretamente o cotidiano dos teresinenses, seja pelo rombo deixado pela gestão anterior, seja pela precariedade na coleta de lixo.
Foto Câmara de Teresina
A Câmara de Vereadores de Teresina terá um papel fundamental para garantir que as investigações avancem com seriedade, evitando que as CPIs se tornem meros instrumentos políticos sem consequências práticas.
Veja o vídeo com as entrevistas sobre as CPIs do Robom e do Lixão e o caos na Prefeitura de Teresina: