Mais de 90% da produção extrativista do Piauí é representada por apenas três produtos; veja quais

Pó de Carnaúba, carvão vegetal e lenha. São estes os três produtos que respondem pela grande maioria da produção extrativista do Piauí. Juntas, a extração de pós de carnaúba, carvão vegetal e lenha somam 92,81% do total do extrativismo vegetal piauiense. Em números absolutos, estas três matérias-primas representaram R$ 223,5 milhões de toda a produção do Estado em 2024. Os dados constam na pesquisa sobre a produção da extração vegetal e da silvicultura do IBGE, divulgada hoje (25).

Mais de 90% da produção extrativista do Piauí é representada por apenas três produtos - (Assis Fernandes/ODIA)Assis Fernandes/ODIA

Mais de 90% da produção extrativista do Piauí é representada por apenas três produtos

O pó de Carnaúba se destacou como o principal produto da pauta extrativista piauiense, com R$ 122,3 milhões, o equivalente a 54,73% do total extraído no Estado em 2024. Em seguida, aparece o carvão vegetal, com R$ 48,9 milhões (21,88%), e a lenha, com R$ 36,2 milhões (16,2%). Os demais produtos florestais e não madeireiros somaram apenas 7,2% do valor total da produção extrativista piauiense.

O IBGE aponta que, apesar dos números expressivos, houve uma queda em relação ao pico da produção registrado em 2021, quando o extrativismo vegetal no Piauí movimentou R$ 253,4 milhões. O valor alcançado naquele ano foi 13,3% superior ao de 2024, sinalizando uma tendência de retração no setor ao longo dos últimos dois anos.

A pesquisa também revela que dois dos principais produtos – pó de carnaúba e carvão vegetal – tiveram quedas consideráveis no volume de produção entre 2015 e 2024. O recuo foi de 35,3% para o pó de carnaúba e de 73,06% para o carvão vegetal. O IBGE observou que essa redução impactou diretamente no desempenho geral da produção extrativista no Estado.

 Dois dos principais produtos – pó de carnaúba e carvão vegetal – tiveram quedas consideráveis no volume de produção entre 2015 e 2024 - (Agência UFC)
Pó de carnaúba e carvão vegetal – tiveram quedas consideráveis  na produção entre 2015 e 2024-Agência UFC

Já em termos de produção de lenha proveniente do extrativismo florestal, o Piauí ocupou a terceira colocação entre os estados brasileiros. Esse desempenho, de acordo com o Instituto, reflete a relevância da atividade em determinadas regiões piauienses, mesmo com a queda observada nos demais produtos.

Os municípios com maior produção de madeira em tora no Piauí no ano de 2024 fora Pio IX, com 2,91 mil metros cúbicos, seguido por Oeiras (2,9 mil m³) e Cocal (2,7 mil m³). Os dados, pontua o IBGE, reforçam a importância econômica do setor extrativista para as economias locais, especialmente em áreas com forte tradição no uso sustentável de recursos florestais.

Piauí é o maior exportador de mel do Brasil

Se o extrativismo florestal teve um bom desempenho no Piauí em 2024, em 2025 o destaque tem ido para a apicultura. O Piauí ocupa a quinta posição no ranking de Exportações do Nordeste e é o estado brasileiro que mais exporta mel natural. O maior parceiro comercial piauiense é a China, que absorve 66,54% da exportação do Estado, totalizando um valor de US$ 511,21 milhões, cerca de R$ 2,72 bilhões.

Os dados foram expostos nesta quinta (25) pela Secretaria Estadual de Fazenda do Piauí (SEFAZ-PI) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). Apesar de o Piauí ser o maior exportador de mel do Brasil, o produto mais exportado pelo Estado ainda é a soja, responsável por 81,5% das exportações, o que corresponde a US$ 626 milhões. Os dados se referem ao período de janeiro a agosto de 2025.

Apesar de o Piauí ser o maior exportador de mel do Brasil, o produto mais exportado pelo Estado ainda é a soja - (Reprodução)Reprodução

Apesar de o Piauí ser o maior exportador de mel do Brasil, o produto mais exportado pelo Estado ainda é a soja

Na Balança Comercial, o Piauí aparece na 18ª posição do ranking nacional de exportações, com um total de US$ 768,32 milhões no período de janeiro a agosto de 2025, o equivalente a aproximadamente R$ 4,09 bilhões. No mesmo intervalo, as importações chegaram a US$ 245,70 milhões, cerca de R$ 1,30 bilhão.

Este incremento das exportações são resultado, segundo o secretário de Fazenda, das missões internacionais feitas ao longo do último ano pelo Piauí. “Estamos fortalecendo parcerias estratégicas e nos apresentando ao mundo, ‘vendendo’ o Estado para que novos países passem a integrar nossa cartela de compradores. Essas ações são fundamentais para atrair investimentos e empresas, impulsionando a geração de empregos e renda, o crescimento do PIB, o aumento da arrecadação dos municípios e o desenvolvimento do Piauí como um tudo”, pontuou Emílio Júnior.

Com informações do Portal O Dia

 

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