A presidência da Equatorial Energia apresentou em coletiva nesta quarta-feira (17/10) os detalhes da conclusão do processo de compra da Companhia Energética do Piauí (CEPISA), leiloada em julho pelo valor simbólico de R$ 50 mil. Agora oficialmente como acionistas majoritários, a holding fez um aporte no valor de R$ 720 milhões a serem revertidos em investimentos e promete tirar a distribuidora da lista das piores do país.
Com o Piauí, a empresa que já administra a Companhia Energética do Maranhão (Cemar), no Maranhão, e a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), no Pará, chega à marca de 6,5 milhões de clientes. “Um trabalho pulverizado, que exige expertise, graças ao aprendizado que tivemos, o sucesso que tivemos em outros ativos”, destaca o presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda.
Prometendo jogar aberto com os piauienses, Augusto diz que a Equatorial não garante operar milagres. “A gente não veio prometer milagres, estamos chegando e analisando as condições reais, e vamos fazer nosso planejamento para avançar”. Ontem o grupo esteve reunido com o governador Wellington Dias (PT), no Palácio de Karnak, quando foi expressado o compromisso de alinhar os futuros investimentos ao plano de desenvolvimento do estado.
Temor dos funcionários
E enquanto acontecia a coletiva no auditório da Cepisa, os trabalhadores da distribuidora faziam manifestação, justamente por questionarem o processo como se deu a venda para a Equatorial. O processo é questionado desde que foi lançado o edital, até o leilão, quando somente a proposta da atual acionista majoritária foi apresentada. Na justiça, explica o presidente do Sindicato dos Urbanitários, são mais de 16 processos ajuizados.
“Os trabalhadores da Cepisa, que vem fazendo com muita responsabilidade, a distribuição e manutenção de energia no estado do Piauí, esperam ter um tratamento deste novo grupo controlador, que seja respeitado o nosso direito. Nós temos acordo coletivo, temos um quadro renovado, e tem uma parte dos trabalhadores aposentados esperando para ter a oportunidade do plano de desligamento, então é assim que a gente vem acompanhando todo esse processo”, explica Paulo.