Armazém Paraíba vende 48 lojas para Magazine Luiza

Para se estabelecer no Pará e expandir suas lojas no Maranhão, onde já tem 27 lojas, o Magazine Luiza fechou contrato de cessão comercial de 48 pontos de venda hoje ocupados pelo Armazém Paraíba. A tradicional varejista de móveis e eletrodomésticos do Norte e Nordeste é conhecida por ter lojas em áreas mais remotas.

Dos 48 pontos de venda do Armazém Paraíba locados pelo Magazine Luiza, 39 estão no Pará e 9 no Maranhão.

A administração do Armazém Paraíba informou, por meio de nota, que “a negociação com a Magazine Luiza envolve apenas e tão somente a cessão de 48 pontos, na sua grande maioria imóveis próprios”. Isso significa que nesses pontos de venda a marca Magazine Luiza substituirá o Armazém Paraíba. Sob a nova administração, os funcionários dessas lojas provavelmente deverão ser reaproveitados, diz uma fonte.

Em nota, o diretor-presidente da Sociedade Comercial Irmãs Claudino S/A, Valdecy Claudino afirma que o Armazém Paraíba está iniciando uma nova fase sempre com foco na inovação e modernidade.

A administração afirmou que possui mais de 350 lojas espalhadas pelo Norte e Nordeste e continuará atuando no varejo, “sendo certo que nos Estados do Pará e parte do Maranhão, com foco no ramo mole (confecções, tecidos, calçados, cama, mesa e banho)”. A rede não informou as cifras e prazos do contrato. “A empresa tem como política não divulgar valores de negociações.”

O comunicado afirma que as mudanças é uma oportunidade para que os colaboradores que não permanecerem vinculados ao Armazém Paraíba se candidatarem ao processo de seleção do Magazine Luiza “tendo em vista a experiência que já adquiriram no varejo”. O nota afirma que a empresa vai disponibilizar cartas de referência.

No segundo semestre de 2019 o Magazine Luíza vai estrear no Pará com 51 lojas e abrirá outras 9 lojas no Maranhão, onde a rede começou a operar no ano passado.

A maioria das lojas no Pará será em cidades menores, fora da capital. Isso reforça a estratégia da companhia que, na avaliação de consultores, caminha na direção de ser a Amazon (gigante do varejo mundial) brasileira. Ao ampliar sua capilaridade, chegando a municípios mais distantes dos grandes centros, a varejista reforça o modelo de negócio que une as lojas físicas com o varejo online. Os pontos de venda viram uma espécie de minicentros de distribuição, o que garante a rapidez na entrega das compras online, o maior obstáculo ao avanço do e-commerce, sobretudo em regiões distantes do Sudeste.

Com informações do Estadão Conteúdo