Câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil e diagnóstico é indispensável

Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no Brasil. De acordo com levantamento dos órgãos, os dados apontam que o país deve registrar 73.610 novos casos da doença neste ano. O estudo também indica que em 2023 foram mais de 20 mil óbitos, no qual as regiões Sul, Sudeste e Nordeste tiveram mais ocorrências. Por isso, ao longo de todo o ano e, especialmente, no mês de outubro, campanhas reforçam o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado, o que pode garantir 96% de chances de cura da doença.

Para garantir diagnósticos cada vez mais precisos e tratamentos adequados, tecnologias têm sido aprimoradas recorrentemente e inúmeras áreas da saúde se conectam de modo a desenvolver papel indispensável. Além da Oncologia, a Biomedicina, por exemplo, possibilita um acompanhamento em várias etapas. De acordo com Ag-Anne Melo, professora de Biomedicina da Unifacid Wyden com experiência na área de pesquisas oncológicas, por meio da sua área de atuação é possível realizar a análise de biopsias, exames de imagem, testes genéticos e marcadores tumorais, que vão ajudar no diagnóstico e na definição do melhor tratamento.

Ela reitera que o Outubro Rosa tem como objetivo alertar e reforçar o cuidado com a saúde da mulher bem como incentivar a realização de exames preventivos. A docente frisa que “o câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil, mas quando o diagnóstico é precoce essas chances de cura chegam a mais de 90%. Por isso, é fundamental realizar a mamografia regularmente, principalmente entre os 50 e 69 anos, que é a faixa etária mais atingida pela doença”, pontua. Além disso, o “tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonoterapia e até terapias mais modernas, como é a o caso da imunoterapia. O fato é que, quanto mais cedo esse tumor for descoberto, menos agressivo tende a ser o tratamento e melhores são as chances de prevenção desse paciente”, ressalta.

Avanços tecnológicos, diagnóstico rápido e tratamento são essenciais

Segundo o médico oncologista Guilherme Roeder, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), os anos 90 permitiu avanços importantes na área da oncologia quanto ao melhor entendimento da doença, técnicas de exames e desenvolvimento e aprimoramento de linhas de tratamento, melhorando os resultados para a qualidade de vida dos pacientes. O câncer de mama inclusive, que tem grande incidência no mundo, teve impacto muito favorável com o uso dessas tecnologias e formas de tratamento. “A detecção precoce é a chave para o tratamento curativo do câncer de mama. Pacientes com tumores iniciais restritos à mama atingem perspectivas curativas que giram em torno de 96 a 99%”, observa.

Na área terapêutica, o Dr. Guilherme acrescenta que os diagnósticos precoces advindos do rastreamento proporcionaram aumento expressivos nas taxas de cura da doença. Isso porque o “o aprimoramento de técnicas cirúrgicas e associação de técnicas de reconstrução oncoplástica promoveram, além da melhora oncológica, um ganho estético para as pacientes melhorando muito a qualidade do tratamento. Além disso, o desenvolvimento de novas drogas na era da imunoterapia e terapia alvo também auxiliaram”, explica o especialista.

Os especialistas frisam que adotar medidas de autocuidado, autoconhecimento e, principalmente, necessidade de realização de mamografia de rastreamento quando indicado é fundamental. Manter a busca constante por informações seguras sobre câncer de mama e disseminá-las também é peça-chave no combate à doença.

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