Categorias da Saúde Pública farão protesto nesta sexta-feira (5)

Entidades representativas de diversas categorias da Saúde Pública do Piauí estão unidas no chamado “Movimento Saúde Piauí”, que realiza Ato Público nesta sexta-feira (5) a partir da 8h, em frente ao Hospital Getúlio Vargas. 

O objetivo do movimento é chamar atenção para o que eles chamam de “descaso do Governo do Estado” com os profissionais da Saúde, principalmente nesse momento de pandemia da Covid-19. 

A coordenação do movimento ressalta que o protesto não representa aglomeração de pessoas, mas um ato simbólico de denúncia e luta pelas pautas comuns às várias categorias da saúde pública do Piauí.

“Denunciar o descaso do Governo do Estado do Piauí com os servidores da Secretaria de Saúde lotados nos hospitais da rede estadual; e alertar às autoridades sanitárias de todos os níveis (municipal, estadual e federal), bem como à sociedade civil, para os riscos de colapso do sistema, em virtude do adoecimento e da contaminação generalizada de servidores”, diz a organização do Movimento Saúde Piauí.

O Movimento denuncia que o Governo do Estado não tem tomado – com a necessária responsabilidade e eficiência –medidas de proteção aos trabalhadores e trabalhadoras que atuam no enfrentamento à Covid-19 no Piauí.

Compõem o Movimento Saúde Piauí reúne as seguintes entidades: Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI); Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (SENATEPI); Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Piauí (SINFITO); Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI); Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares em Radiologia do Piauí (SINTTERAPI); Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Piauí (Sinfarpi) e Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 14ª Região (Crefito-14).

Entre as pautas do movimento estão: 
1) Dificuldade e falta de uniformidade nos processos de afastamento de servidores idosos e portadores de comorbidades;
2) Redução da remuneração dos servidores afastados;
3) Ausência de exames de testagem e re-testagem para servidores expostos cotidianamente no ambiente de trabalho;
4) Negligência no fornecimento de EPI’s de qualidade adequada e em quantidade suficiente;
5) Descaso e abandono dos servidores infectados, sem nenhuma política de assistência e orientação às famílias e às pessoas de seu entorno que, inclusive, poderão estar contaminadas sem sintomas, potencializando a disseminação comunitária do vírus;
6) Apropriação indevida dos valores consignados em folha para pagamento de empréstimos, planos de Saúde (IASPI e PLAMTA) e das contribuições associativas. Com isso, os servidores estão sem atendimento na rede de hospitais e clínicas conveniadas, recebendo cobranças indevidas de empréstimos descontados na folha e não repassados aos bancos e, por outro lado, as entidades estão sem receber em dia as contribuições associativas, também recolhidas na folha de pagamento;
7) Continuidade do congelamento ilegal do Adicional de Insalubridade, recusa de pagar os 40% aos servidores efetivos e redução da insalubridade dos servidores temporários.