O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas (PT), afirmou durante entrevista a jornalistas que encaminhará à Polícia Federal (PF) o caso envolvendo o advogado da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), para que ele seja devidamente investigado. Na terça-feira (20), dois aparelhos eletrônicos foram encontrados na cela onde a vereadora está presa no QCG da PMPI com a parlamentar, que alegou terem sido entregues por sua própria defesa.
Agora surgiu outra versão: a mãe da vereadora, Maria Odélia de Aguiar Medeiros, diz que ela foi a responsavel por repassar os aparelhos para a filha. Tatiana Medeiros é acusada de lavagem de dinheiro e envolvimento com facção criminosa.
“Nós precisamos até resolver […] e cabe aí a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral tomar as providências. No nosso caso, a gente vai investigar se teve ação de algum policial, mas ela mesmo relata no seu depoimento que foi um advogado que levou. Ora, aí fica complicado, né? O advogado não pode ser revistado, o advogado leva celular para presa. Então, complexo, eu acho, e a gente vai encaminhar também para a Polícia Federal pedindo a responsabilização desse, declarou o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas.
O caso da vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros(PSB), que foi eleita com cerca de 3 mil votos, continua a repercutir intensamente na capital do Piauí. A vereadora, que está presa há mais de um mês e meio, é acusada de ter recebido apoio financeiro de um namorado ligado à facção criminosa conhecida como Bonde dos 40, para garantir sua eleição.
As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal, que apura as denúncias de compra de votos e o uso indevido de recursos financeiros.
O secretário de Segurança do Estado do Piauí, Chico Lucas, está atento ao desenrolar do caso. Ele foi informado que a vereadora teve um mal-estar e precisou ser atendida no Hospital de Urgência de Teresna(HUT), fora de perigo, ela foi transferida para o Hospital da Polícia Militar do Piauí (HPM), apesar de já ter recebido alta médica, a vereadora continua sob custódia no QCG da PMPI com sinais de depressão.
Veja o vídeo com o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas:
A população teresinense está ansiosa por respostas sobre o envolvimento da vereadora e possíveis cúmplices no esquema criminoso. A PF e o Tribunal Regional Eleitoral já encaminharam o caso para a Câmara Municipal, que aguarda uma decisão judicial antes de tomar qualquer providência.
Tatiana Medeiros com a mãe, Maria Odélia. Imagem do Instagram.
A situação se complica ainda mais com alegações de que houve uma estratégia jurídica dos advogados da vereadora para demonstrar seu estado psicológico como forma de solicitar prisão domiciliar. No entanto, essa tentativa não obteve sucesso até o momento. A vereadora continua presa na carceragem da PMPI.
Com tantos desdobramentos e uma trama repleta de mistérios, a sociedade civil aguarda ansiosamente por esclarecimentos sobre as responsabilidades nesse caso envolvente e polêmico.