Se na época do acerto os valores não chamaram tanta atenção, já que mesmo tendo ido bem no futebol português, onde esteve por uma temporada, Hugo ainda convivia com a desconfiança dos tempos de Flamengo, atualmente a diretoria carioca é criticada pelos torcedores pelas cifras consideradas baixas — contabilizando a partida de hoje, a transação renderá, no total, R$ 7,3 milhões aos cofres rubro-negros. Afinal, além de ser um dos grandes destaques do Corinthians na temporada, Hugo Souza foi o principal responsável por manter o Corinthians vivo para a partida de hoje.
Com seis defesas no jogo de ida, no Maracanã, Hugo segurou o ímpeto ofensivo do Flamengo, que, com 19 finalizações, cinco grandes chances e duas bolas na trave, venceu por apenas 1 a 0. O resultado faz com que um empate — ou, claro, uma vitória — na Neo Química Arena classifique o rubro-negro. Já um triunfo corintiano por um gol de diferença leva a partida para os pênaltis — vantagem maior dá a vaga na final ao time de Ramón Díaz.
Neste cenário, a qualidade de Hugo em cobranças de pênalti aumenta a confiança dos corintianos. Na Sul-Americana, por exemplo, o goleiro foi o herói do confronto do Corinthians contra o Bragantino, nas oitavas de final, com três penalidades defendidas.
Tais componentes fazem a diretoria do Corinthians entender que a direção do Flamengo tem dificultado a conclusão da negociação por Hugo para desestabilizar o time dentro de campo e tentar dar uma demonstração de força para os torcedores.
Narrativas à parte, o que se defende é que faltou visão e profissionalismo do lado rubro-negro — para fazer uma análise fria e técnica do valor do goleiro, que sempre demonstrou qualidades — e responsabilidade do lado corintiano — que convive com problemas financeiros e tem atraso de pagamento para diversos clubes do futebol brasileiro. Por isso, o confronto se apresenta não só pela qualidade dos atletas, mas também pelo ambiente administrativo bagunçado dos times envolvidos.
Em campo, se o Corinthians tem um goleiro como esperança, o cenário é parecido no lado do Flamengo. Se a maior parte do time foi mal no clássico contra o Fluminense, na última quinta-feira, Rossi se destacou. Em cobrança de Ganso, o argentino defendeu o segundo pênalti consecutivo pelo rubro-negro — o outro também havia sido num clássico, do compatriota Almada, do Botafogo, quando o rubro-negro perdeu por 4 a 1 para o rival.
— Foi muito importante para mim pegar dois pênaltis consecutivos. Fico triste com essa derrota também, mas dá confiança para um jogo decisivo que pode ter cobranças de pênaltis (contra o Corinthians). E meus companheiros terem confiança em mim também é muito importante — valorizou Rossi.
Fonte Extra Online