O presidente da Câmara de Teresina, vereador Enzo Samuel foi entrevistado nesta na última terça-feira,12, por jornalistas que cobrem a Câmara de Teresina sobre as CPIs que estão acontecendo na Casa. Ainda mais com as denúncias de ex-gestores municipais que apontam como um roubo aos cofres da Prefeitura de Teresina na última gestão de Dr Pessoal.
Ele afirmou que o Legislativo da capital não pode ser responsabilizado pelo déficit nas contas públicas apontado pelo prefeito Silvio Mendes (União Brasil). Segundo o gestor, indícios indicam que a antiga administração de Teresina deixou um rombo financeiro de quase R$ 4 bilhões, o que pode comprometer investimentos considerados essenciais em diversos setores da Prefeitura pelos próximos anos.
Durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), boa parte dos vereadores da atual legislatura integrava sua base de apoio. Com isso, o então gestor não enfrentou resistência expressiva na aprovação de matérias de interesse do Executivo, incluindo a autorização para a contratação de empréstimos milionários. Ou seja: faltou fiscalização dos vereadores na movimento dentro da prefeitura. Lembrando que o papel dos vereaodres é fiscalizar o prefeito e seus secretários.
Questionado sobre a possibilidade da Câmara ter contribuído para a atual crise financeira, Enzo Samuel ponderou que é preciso confirmar a real existência do déficit e considerar a natureza dos valores apontados.
“Primeiro a gente tem que saber a existência desse déficit ou não. Por exemplo, quando você coloca empréstimo, empréstimo você pega para investimento. Ele não pode ser colocado como um déficit que você paga de parcela ao longo dos anos. Quando quer financiar uma casa, por exemplo, você não tem dinheiro para comprar à vista, você vai lá e pega um financiamento no banco para você fazer a compra da sua casa. Então esses empréstimos funcionam como investimento. Você deve se preocupar a partir do momento que os investimentos não são feitos de forma correta ou não acontece na cidade”, explicou.

Sobre a atuação da Câmara na gestão passada, o presidente negou ausência de oposição e citou ações do Legislativo para fiscalizar a administração.
“Eu não diria que não teve oposição. Aqui são 29 vereadores, cada um tem a sua opção de seguir, se faz parte da base, se é oposição ou se é independente. Você vê quantas sessões nós convocamos aqui, inclusive extraordinárias para tratar, por exemplo, da fragilidade da saúde. Na legislação passada foi denunciado que foram pagos na FMS mais de 70 milhões de reais sem empenhos, inclusive na denúncia a partir do ex-prefeito Robert Rios […]. Câmara fez sua parte, mas entendemos que essa responsabilidade de fiscalização, de atuação para o controle melhor das finanças do município não é somente da Câmara Municipal”, concluiu.
O presidente da CPI, vereador Dudu, disse que os gestores das finanças já foram sabatinados e agora chegou a vez dos ex-secretários de Planejamento de Dr Pessoa. “Nós já estamos chegando nos gestores do planejemento, não esquecendo dos vereadores que ocuparam secretarias. Eles também vão ser ouvidos”. Disse Dudu.
Veja o a entrevista com o presidente da Câmara, Enzo Samuel e o presidente da CPI do Roubo, Dudu: