Estilo de vida moderno faz doenças cardiovasculares dispararem no Brasil; Conheça sete sinais silenciosos

Mesmo sendo em grande parte preveníveis, as doenças cardiovasculares seguem liderando o ranking das principais causas de morte no Brasil. O médico cardiologista Victor Lira, explica que esse cenário é resultado de um conjunto de fatores, entre eles o envelhecimento populacional, o estilo de vida moderno e o controle insuficiente dos principais fatores de risco.

“A população brasileira está vivendo mais, mas isso também significa maior tempo de exposição a fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado e diabetes. Além disso, o sedentarismo, a dieta rica em ultraprocessados e o estresse crônico estão impactando fortemente a saúde do coração”, destaca Lira, que é e professor da Afya Educação Médica.

O médico também chama atenção para a desigualdade no acesso aos serviços de saúde, o que amplia os riscos. “Cada vez mais, os casos deixam de estar concentrados apenas nas grandes capitais e migram para cidades menores e regiões como o Norte e Nordeste, onde o atendimento especializado ainda enfrenta muitos desafios”, afirma.

Os sete sinais silenciosos do coração

Segundo a American Heart Association, até 20% dos infartos podem ser silenciosos, atingindo principalmente mulheres, idosos e diabéticos. Para Victor Lira, conhecer os sinais de alerta é fundamental para salvar vidas:

1. Falta de ar inexplicável;
2. Desconforto no peito em forma de pressão ou queimação;
3. Dor que irradia para braços, costas, pescoço ou mandíbula;
4. Suor frio, náuseas e tontura;
5. Fadiga intensa sem causa aparente;
6. Inchaço em pés e pernas;
7. Palpitações ou batimentos irregulares.

“Qualquer um desses sintomas, especialmente quando aparecem em conjunto, deve ser levado a sério. O atendimento médico imediato pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte”, alerta o cardiologista.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 80% das mortes por doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas com a adoção de hábitos saudáveis. “O coração depende muito das escolhas que fazemos no dia a dia. Alimentação equilibrada, atividade física regular, não fumar, controlar o peso e realizar check-ups são medidas simples, mas extremamente eficazes”.

O peso do estresse e da vida moderna
Além da herança genética, o estilo de vida contemporâneo também é um grande vilão. O cardiologista explica que o estresse crônico é um gatilho poderoso para problemas cardíacos.

“Quando o corpo libera continuamente hormônios como cortisol e adrenalina, há aumento da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e maior risco de inflamação nas artérias. O problema é que o estresse ainda leva a comportamentos prejudiciais, como fumar, beber ou comer em excesso”, pontua.

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