A Polícia Militar do Piauí sofreu um corte em seu orçamento para 2021. A faca que o governador Wellington Dias (PT) passou na segurança ostensiva do Piauí vai financiar, dentre outras coisas, mais propaganda institucional, aumento de comissionados da Secretaria de Governo e obras na Secretaria de Cidades, comandada pelo PL, partido do deputado federal Fábio Abreu e do deputado estadual Carlos Augusto.
A PMPI vai perder em 2021 mais de R$ 47,4 milhões de reais. É uma queda de 7,50% e que devolve o orçamento da Polícia Militar do estado para o mesmo patamar do estabelecido no ano de 2018. Mas isso não parece ser um problema para o governador. Afinal, vale lembrar que o Orçamento Geral do Estado vai subir 1,69% ano que vem e, por exemplo a Coordenadoria de Comunicação terá 11,27% a mais para financiar propaganda de Wellington Dias.
Apesar de 2020 terminar com uma inflação menor que 4,5%, o orçamento da Coordenadoria de Comunicação de Wellington Dias vai aumentar de R$ 32,5 milhões de reais para R$ 36,1 milhões de reais. É um pulo de 11,27% para a pasta comandada pelo jornalista Allisson Bacelar, cota pessoal de Wellington. O reajuste — dizem os bastidores — será repassado aos veículos que tiveram valor de parceria com o governo reduzido por Bacelar nos últimos 2 anos, depois da saída do ex-coordenador João Rodrigues.
A Secretaria de Governo – onde Wellington Dias centraliza boa parte dos funcionários fantasmas de sua gestão – vai crescer R$ 11 milhões de reais em orçamento. A própria Governadoria, que cuida do gabinete do governador e banca os gastos de Wellington vai subir 31,73% em recursos.
FALTA PRIORIDADE
Só para se ter um exemplo do que é prioridade para o governador Wellington Dias, o orçamento da Secretaria Estadual Para a Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID) vai sofrer um corte de 21,68%, caindo de R$ 6,3 milhões de reais neste ano de 2020 para R$ 4,9 milhões de reais em 2021.
E olha que o governador sabe o que é precisar desse serviço dentro de casa. Felizmente, ele pode bancar tratamento particular.
Outros órgãos como Corpo de Bombeiros, Secretaria de Cultura e Polícia Militar também sofreram cortes.
Por Marcos Melo, do Política dinâmica