Depois de muitas discussões até acertar o valor final, o governo bateu o martelo ontem e anunciou a prorrogação do auxílio emergencial para mais quatro parcelas de R$ 300. A equipe do ministro Paulo Guedes propunha um valor menor, que não ultrapassava R$ 270. Mas o Presidente firmou posição em um valor mínimo de R$ 300.
O anúncio oficial foi feito ontem à noite. Agora, o governo deve encaminhar uma Medida Provisória ao Congresso, alterando o valor do auxílio emergencial. É um dinheiro que pesa na contabilidade do teto dos gastos públicos, mas que tem sido fundamental para que a população de baixa renda enfrente esse período de pandemia, quando o nível de desemprego já atingiu a casa de 13%.
É esse dinheiro também que tem movimentado os pequenos e médios comércios, evitando que o tombo na economia seja ainda maior em razão do isolamento social necessário para conter a disseminação do novo coronavírus.
O que precisa ser feito pelo governo é passar um pente fino na concessão do benefício para evitar que pessoas que não se enquadrem nos critérios recebam indevidamente o dinheiro que deveria ser pago a pessoas que realmente necessitam. Como escrevemos na coluna de hoje, mais de 6 milhões de pessoas receberam o auxílio de forma irregular.