Três homens foram presos, na tarde desta terça-feira (4), ao tentarem sacar R$ 97 mil em uma agência da Caixa Econômica Federal, no Centro de Teresina. De acordo com a Polícia Civil, o trio começou a ser monitorado após realizar uma transação suspeita em uma agência de outro banco.
Dois dos suspeitos são pai e filho. Segundo a polícia, eles são proprietários de uma empresa e usaram o CNPJ dela para fazer a movimentação do dinheiro.
“Como era um valor alto, só poderia ser movimentado por uma empresa. O gerente do Santander suspeitou e comunicou à polícia, então começamos a monitorá-los”, informou o chefe de investigações do 6º Distrito Policial, Joatan Gonçalves.
Conforme a polícia, o empresário e o filho foram presos dentro do banco e o terceiro suspeito conseguiu fugir correndo, mas foi preso próximo à Prefeitura de Teresina.
“Os dois disseram que ele era o cabeça, que tinha prometido uma comissão para que eles fizessem o saque”, afirmou o chefe de investigações do 3º DP, Hilton Barbosa.
À polícia, o homem se identificou como David de Sousa Martins. “Ele deu esse nome e confessou que é hacker e que movimentou esse dinheiro de outras contas. Os empresários receberiam R$ 15 mil para sacar o valor total e repassar em diversas quantias para outras contas”, explicou Joatan Gonçalves.
Os três foram levados para a Central de Flagrantes de Teresina e podem responder pelo crime de estelionato. Na delegacia, a defesa do homem apontado como líder da ação informou ao que desconhece a confissão do cliente e que ele é inocente.
“Ele foi preso em uma praça pública. Ele não fugiu do local. Também não foi pego com nenhum notebook, não encontraram nenhum computador que levasse a crer que ele realmente é um hacker, nem com celular ele foi encontrado”, disse o advogado Jaylles Fenelon.
A defesa afirmou que os dois outros suspeitos foram levados para a Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos sobre uma transferência bancária suspeita, no valor de R$ 97 mil, do banco Santander para a Caixa Econômica, e envolveram o cliente dele na ocorrência.
“Não era na conta do meu cliente que estava sendo depositado. Os outros dois que foram trazidos informaram que ele tinha participação, mas ele está prestando esclarecimentos ao delegado e com certeza vai provar que não teve nenhum envolvimento”, declarou o advogado Jaylles Fenelon.