Lira convoca reunião com líderes para discutir bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas – TVN Piauí

[ad_1]

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião com líderes partidários para a tarde desta quinta-feira (26), para discutir a suspensão, pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

O encontro será realizado na residência oficial da Presidência da Câmara, em Brasília, em pleno recesso parlamentar – que começou em 23 de dezembro e vai até 1º de fevereiro. A Câmara dos Deputados deve recorrer da decisão do magistrado.

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar possíveis irregularidades na liberação dos R$ 4,2 bilhões, atendendo a uma determinação de Dino que, no mesmo despacho, ordenou a suspensão do pagamento do montante.

A decisão do ministro foi em resposta a um pedido apresentado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A sigla denunciou ao Supremo uma manobra irregular na indicação de emendas de comissão pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e por 17 líderes partidários.

Emendas parlamentares são uma parte do Orçamento da União que pode ser destinada por deputados e senadores a projetos nas bases eleitorais. De acordo com decisão do STF, as emendas de comissão deveriam ser distribuídas da seguinte forma:

1º – Uma comissão se reúne na Câmara;

2º – Um dos integrantes do colegiado decide enviar certo valor para uma obra de determinado município;

3º – O colegiado aprova a destinação;

4º – Por fim, a lista com o nome do parlamentar e o destinatário segue para um ministério, que pode barrar ou liberar a verba.

Na contramão da decisão do STF, na semana passada, Lira cancelou as sessões de comissões da Câmara e enviou um documento ao Palácio do Planalto assinado por 17 líderes de partidos pedindo a liberação de R$ 4,2 bilhões, sem informar os autores dos repasses.

Foi apenas depois que o governo federal acatou o ofício enviado por Lira que os deputados fizeram uma força-tarefa para votar pautas como a reforma tributária e o corte de gastos. Com a decisão de Dino na segunda-feira, porém, o dinheiro não deve mais chegar às bases eleitorais dos congressistas.

Com informações da Câmara Federal