O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou nesta sexta-feira (10) a importância da retomada dos direitos sociais no país durante o terceiro mandato do presidente Lula. Segundo o ministro, a redução da fome é essencial para o crescimento econômico com menos desigualdade.
Entre 2023 e 2024, a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu de 4,1% para 3,2%, atingindo o menor nível desde 2004. Em números absolutos, cerca de dois milhões de brasileiros deixaram a fome em 12 meses, passando de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões no ano passado.
“A redução da fome é um passo para cada vez mais alcançarmos a redução da pobreza e crescimento da classe média e alta. Um Brasil forte economicamente, mas também com menos desigualdade”, afirmou o ministro.
Comparações com o período 2019-2022
O IBGE não realizou pesquisa com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) entre 2019 e 2022. Contudo, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou metodologia similar em 2022, registrando 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, ou 15,5% dos domicílios.
De acordo com o governo Lula, a proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar grave caiu mais de 12 pontos percentuais desde o início da gestão. Em números absolutos, 26,5 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave em dois anos.
Marco importante
O ministro lembrou que o Brasil retornou ao Mapa da Fome entre 2016 e 2022, durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, e destacou que sair desse mapa é um marco histórico.
“Alcançar a redução da fome no Brasil para o mais baixo patamar da história, em apenas dois anos, sob a coordenação do Presidente Lula e um trabalho dedicado do time do MDS, é muita gente em cada canto do Brasil. Foi um marco importante, conforme divulgou o IBGE, com o estudo EBIA, e similar ao resultado da FAO/ONU, que anunciou o Brasil fora do Mapa da Fome em 2024”, afirmou Wellington Dias.
O ministro ressaltou que programas sociais desmantelados entre 2017 e 2022 levaram o país a cerca de 33 milhões de pessoas no Mapa da Fome. A recuperação, segundo ele, foi fruto de “muito trabalho para este feito histórico”.
Ações do governo
Uma das principais iniciativas foi o Plano Brasil Sem Fome (BSF), lançado em 31 de agosto de 2023, coordenado pelos 24 ministérios que integram a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
Eixos estruturantes do plano:
- Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania
- Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo
- Mobilização para o combate à fome
Metas:
- Tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030
- Reduzir, ano a ano, as taxas de pobreza
- Reduzir a insegurança alimentar e nutricional, especialmente a grave
Estratégias:
- Aumentar a renda disponível das famílias para comprar alimentos
- Mapear e identificar pessoas em insegurança alimentar para inclusão em políticas sociais
- Mobilizar governos, poderes públicos e sociedade civil para integrar esforços no combate à fome