Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (03), policiais militares encontram-se concentrados em frente ao Palácio de Karnak, em protesto por reajuste salarial de 22%. Segundo a Associação dos Militares do Piauí (Amepi), nos últimos quatro anos o piso salarial dos militares se manteve o mesmo e ainda não houve manifestação para diálogo por parte do Governo do Estado.
“O piso atual de militar no Piauí é R$ 2.300 e já se encontra defasado se levarmos em conta os cálculos da inflação e o aumento dos preços dos produtos e serviços. A categoria não está reivindicando reforma estrutural nem nada relacionado a efetivo no momento, estamos apenas querendo que se discuta a questão salarial e um plano de carreira”, é o que afirma o major Diego, presidente da Amepi.
O oficial afirma ainda que há possibilidades de a categoria deflagrar movimento grevista caso não haja nenhum acordo com o Governo do Estado e o Comando da Corporação. Este é um dos pontos que serão discutidos na assembleia que a categoria vai realizar ainda hoje para decidir a agenda de protestos.
O Portal O Dia procurou a Secretaria de Administração e Previdência Social do Estado (Seadprev) e foi informada pela sua assessoria que somente o Comando da Polícia Militar poderia se manifestar a respeito. Procurado, o coronel Lindomar Castilho, comandante da Corporação, informou que ainda ontem (02), na solenidade de posse dos novos secretários, o governador Wellington Dias anunciou que estaria encaminhando, até o final da semana, uma mensagem com a proposta de reajuste à Assembleia Legislativa. O coronel não soube informar o valor do reajuste proposto no texto.
Além dos policiais militares, também participam do ato em frente ao Karnak peritos e escrivães da Polícia Civil. Esta última deverá lançar um edital de concurso para delegados, peritos e agentes, totalizando 350 vagas para formação de cadastro reserva.