
O Piauí está entre os 11 estados brasileiros com risco de sobrecarga no sistema elétrico devido ao excesso de energia gerada por painéis solares, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O aumento da geração descentralizada tem criado desafios para a rede, que precisa lidar com o chamado “fluxo reverso”, quando a eletricidade não consumida retorna ao sistema.
Antes, a energia fluía de forma unidirecional, das grandes usinas até os consumidores. Com a expansão da energia solar, o excesso de eletricidade volta para a rede, podendo sobrecarregar subestações e até causar desligamentos automáticos para evitar danos ao sistema. Esse cenário se agrava em estados como o Piauí, que tem forte crescimento na geração de energia solar.
Para enfrentar esse desafio, o ONS implementou o Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN). A medida busca estratégias para equilibrar a distribuição da eletricidade e evitar apagões causados pelo excesso de energia fotovoltaica sendo injetada na rede.
O Piauí é um dos líderes nacionais em produção de energia solar, impulsionado por condições climáticas favoráveis e incentivos ao setor. No entanto, a infraestrutura da rede elétrica precisa ser modernizada para acompanhar esse crescimento e garantir a estabilidade do fornecimento.
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