A cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, vai na contramão de municípios do Brasil que estão com o sistema de saúde colapsado devido à Covid-19. Mesmo com os casos crescentes da doença, os leitos de UTI’s estão vazios e o médico e prefeito Carlos Prado atribui a situação favorável ao tratamento precoce dos pacientes com o mesmo protocolo usado em Floriano, no interior do Piauí, e que faz uso da hidroxicloroquina, azitromicina e corticoides. Na cidade piauiense de 80 mil habitantes ainda não morreu uma só pessoa, graças a adoção do coquetel que também é recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Os médicos estão usando nas minhas equipes sentinelas dos postos de saúde. Nós disponibilizamos os medicamentos citados pela doutora Marina Bucar Barjud, médica piauiense. O médico tem a liberdade de tá prescrevendo e o paciente tem a liberdade de tomar ou não”, disse Prado.
De acordo com o prefeito, o protocolo oferta um tratamento precoce contra a covid-19, nos primeiros sintomas, e tem dado bons resultados.
“Quando iniciamos o protocolo, o que a gente viu foi um agravamento dos casos muito menor. A UTI que chegou a ter oito pessoas internadas, conseguimos dar altas para a maioria deles e agora estamos sem nenhum caso na nossa UTI”.
O prefeito disse que nesta quinta-feira tinha apenas dois pacientes internados nos cerca de 80 leitos disponibilizados.
Sobre a discussão sobre o uso da cloroquina, ele diz que “medicamento não é partida de futebol”.
“Não tem que tomar partido. Quem tem que resolver os medicamentos que vão ser dados aos pacientes, são os médicos, não é a imprensa, não são os políticos. Acho que os médicos devem decidir o melhor tratamento para seus pacientes. Os médicos daqui decidiram que o melhor protocolo precoce, para não arriscar a vida de seus pacientes, seria o protocolo desenvolvido pela doutora Marina Bucar”, destacou Prado.
Ele relata ainda que centenas de médicos no país têm utilizado o mesmo tratamento com sucesso.
“Por quê eu vou privar os pacientes do SUS desses mesmos medicamentos. Vou disponibilizar e quem vai decidir quem usa ou não é o médico”, defende Carlos Prado.
Em Porto Feliz, que tem cerca de 55 mil habitantes, o protocolo foi usado em aproximadamente 200 pacientes e desses 170 já tiveram alta.
(*) Graciane Sousa, Cidade Verde