Trabalhadores Estaduais da Educação realizaram nesta quinta-feira (28) mais uma manifestação para cobrar o pagamento dos reajustes salariais referentes aos anos de 2019, 2020 e 2021. O ato aconteceu em frente ao Palácio de Karnak, no Centro de Teresina.
O protesto também contou com a ajuda de alguns professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que se solidarizam com a causa. Segundo a categoria, além da reinvindicação principal eles também pedem para que ocorra uma audiência com a governadora do Piauí, Regina Sousa.
Os professores afirmam que a solicitação de audiência para negociar a pauta foi feita há 27 dias e nunca foi atendida.
Professores da rede estadual mantêm greve no Piauí — Foto: Divulgação/Sinte-PI
Em nota, o governo do estado informou que, após o pedido de audiência com a governadora, houve uma reunião mediada pelo Ministério Público do Piauí com um representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte) e da Secretária de Educação do Estado, com o secretário Ellen Gera.
Negociações
Os professores exigem o reajuste de 33,24%, conforme definido pelo Governo Federal, além de 12,84% relacionado ao ano de 2020 e 4,17% à 2019.
Em março deste ano, a Assembleia Legislativa do Piauí aprovou o reajuste de 14,17% para os professores da rede estadual. Com a aprovação, o novo piso salarial dos profissionais do magistério, que trabalham 40 horas semanais, será de R$ 3.845,66.
No dia 13 de abril deste ano, o Tribunal de Justiça do Piauí decretou a ilegalidade da greve dos professores e determinou ao sindicato a suspensão imediata da greve da categoria. Em caso desobediência da decisão, foi estabelecida a multa diária de R$ 10.000.
Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) — Foto: Divulgação
Contudo, cinco dias depois, os docentes afirmaram que continuariam em greve. Os professores da rede estadual de ensino do Piauí informaram que foram oficialmente notificados sobre a determinação da Justiça em suspender a greve da categoria, mas que não acatariam.
O governo informou que continua empenhado, dentro das suas possiblidades financeiras, em valorizar cada vez mais o trabalho dos servidores estaduais, especialmente na área da educação, garantindo o cumprimento do piso nacional do magistério, reajustando o salário da categoria em 14, 58% e mantendo a paridade de professores ativos e inativos.