Realizado pela Associação Caatinga, o projeto ‘No Clima da Caatinga’ promove neste mês de novembro a campanha “Caatinga em pé”, que tem como proposta promover a sensibilização sobre a preservação do bioma.
A campanha tem como foco a importância da proteção da biodiversidade da Caatinga e as consequências desastrosas da destruição do bioma, a partir de quatro fatores degradantes: queimada, caça, desmatamento e extinção de espécies.
“Nosso objetivo é alertar a população sobre os danos que todos esses fatores trazem para a Caatinga e para nós. Quando falamos de incêndios, desmatamentos, perda de área florestal, para muitos parece algo distante e que irá trazer consequências apenas para a biodiversidade local, mas os danos estão para além disso, um exemplo disso é a elevação da temperatura e a ocorrência de eventos climáticos extremos. Nossa ideia é explicar que precisamos respeitar mais o meio ambiente para um melhor convívio”, comenta a Coordenadora de Comunicação da Associação Caatinga, Kelly Pereira.
Consequências
Os quatro elementos utilizados na campanha “Caatinga em Pé” trazem como intuito impactar a sociedade, mostrando as consequências das ações de destruição realizadas no bioma.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, entre janeiro e setembro deste ano, só as queimadas destruíram 22.282 quilômetros quadrados de Caatinga, o aumento foi de 186.5% em relação ao mesmo período de 2020. A área queimada equivale a 2.700.848 campos de futebol. “Mesmo diante de campanha de conscientização da nossa fauna e flora, ainda temos números alarmantes de degradação da Caatinga”, comenta a coordenadora.
Sobre o “No Clima da Caatinga”
O projeto “No Clima da Caatinga” é uma iniciativa patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O projeto tem a finalidade de buscar a diminuição dos efeitos potencializadores do aquecimento global por meio da conservação do semiárido, a partir do desenvolvimento de um modelo integrado de conservação da Caatinga.
Na atual etapa, que terá a duração de três anos, o projeto, que atua no semiárido nordestino desde 2011, vai promover ações que vão desde a restauração florestal até a distribuição de tecnologias sociais de convivência com o semiárido e adaptação às mudanças climáticas.