O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), confirmou que o Executivo estadual realizará uma “reforma administrativa” em secretarias de primeiro escalão. Segundo o gestor, não haverá uma mudança estrutural ampla, mas sim ajustes pontuais. A declaração foi dada nesta semana.
“Algo pontual, sim, eu planejo. As áreas eu ainda vou anunciar no futuro”, afirmou Rafael Fonteles.
As mudanças visam acomodar novos aliados políticos e refletir o resultado das eleições municipais de 2024. O PT, MDB e PSD, partidos da base governista, saíram vitoriosos do pleito. No entanto, o PT conquistou menos prefeituras, com 50 municípios, enquanto o MDB ficou com 57 e o PSD com 65.
Com as movimentações políticas e o alinhamento da base governista, a expectativa é de que os ajustes sejam formalizados nos próximos dias, consolidando o novo arranjo administrativo do governo Rafael Fonteles.
Mudanças realizadas
Algumas mudanças já ocorreram recentemente. Patrícia Leal deixou a direção do Instituto de Metrologia do Piauí (IMEPI), sendo substituída pelo empresário e suplente de vereador pelo PDT, Júnior Macêdo.
A Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas e Fomento ao Lazer (Cendfol) passou a ser comandada pela recém-empossada deputada estadual Simone Pereira (MDB), em substituição a Tiago Vasconcelos, que assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).
Já a Coordenadoria Estadual de Desenvolvimento dos Territórios (CDTER) teve mudança de comando, com o vereador de Teresina Gustavo de Carvalho (PT) assumindo o cargo antes ocupado por Raimundo Nonato Fontenele Cardoso, o Nonatinho do Sindicato.
Outra alteração relevante ocorreu na Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH). Desde o dia 6 de fevereiro, a pasta é liderada por Igor Nery, ex-diretor-geral da Alepi, indicado pelo deputado estadual Franzé Silva (PT), ex-presidente da Assembleia.
Possíveis mudanças pós-Carnaval
Com o retorno de Rafael Fonteles de sua viagem a Salvador, onde cumpre agenda do Consórcio Nordeste, o governo deverá anunciar novas mudanças estratégicas.
Conforme apuração do PortalODia.com, a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), atualmente comandada por José Neto Monteiro, poderá passar por mudança. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Daniel Oliveira, é cotado para assumir a Setur, em um rearranjo político que fortalece a participação do MDB no governo. Vale ressaltar que a Setur é uma indicação do deputado Pablo Santos (MDB), hoje prefeito da cidade de Picos, no Sul do Piauí.
Para substituir Daniel Oliveira na Semarh, o nome ventilado é o de Felipe Araújo, atual gestor da Agência de Fomento e Desenvolvimento do Piauí (Badespi). Com a possível saída de Felipe Araújo, Ícaro Carvalho, atualmente na Investe Piauí, poderia assumir a Badespi.
A Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), atualmente sob o comando da ex-governadora Regina Sousa, também pode passar por reformulações. Regina, uma indicação do grupo histórico do PT, já expressou o desejo de deixar o cargo até o primeiro semestre de 2025. No entanto, uma reunião com o governador teria garantido sua permanência até que se definisse o futuro da secretaria. O governo estuda desmembrar a Sasc para acomodar novos aliados, como os deputados progressistas Bárbara do Firmino e Marden Menezes.
Outra secretaria que pode sofrer mudanças é a de Cultura (Secult), atualmente comandada por Ingrid Pereira. A pasta continua sob indicação do deputado estadual Fábio Novo (PT).
Outra possibilidade de mudanças é na Coordenadoria de Comunicação Social (CCOM). Novas negociações devem ocorrer entre o atual gestor, Mussolini Guedes, e o secretário de Governo, Marcelo Nolleto.
Fonte Portal O Dia