Revista Científica de Saúde Mental é lançada durante simpósio. Foto: Rômulo Piauilino
Os teresinenses dispõem agora de uma publicação informativa que reúne os dados de todos os serviços de saúde mental do município. É a primeira Revista Científica da Rede de Atenção Psicossocial de Teresina, que foi lançada durante o I Simpósio de Saúde Mental que está sendo realizado hoje (29) no auditório Clóvis Melo, do Centro Universitário Santo Agostinho.
A revista lista todos os serviços de saúde mental disponíveis em Teresina, como sete Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Provida, Residência Terapêutica e leitos nos hospitais municipais. Além disso, o documento detalha o funcionamento da rede de saúde mental no município e todos os tipos de atendimento ao acesso da população.
O I Simpósio de Saúde Mental tem por intuito qualificar profissionais e estudantes das áreas de saúde e educação para um acolhimento e trabalho de forma mais empática e qualificada. “Estendemos o trabalho para os profissionais da educação porque temos visto uma demanda muito grande de crianças e adolescentes em ambiente escolar com transtornos mentais”, comenta Laryssa Carvalho, gerente de Saúde Mental da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
O evento é alusivo ao Setembro Amarelo, mês de conscientização da vida. O prefeito Dr. Pessoa reforçou a importância do tema nos tempos atuais e a necessidade de discussão. “Diante de tantos casos de suicídio no mundo, este é um simpósio do mais do que verdadeiro e propício, é um momento histórico em que a Prefeitura de Teresina trabalha um problema de saúde pública. Para que diminua cada vez mais este desequilíbrio da sociedade”, pontuou o prefeito.
A necessidade de desmistificar o assunto também foi tema da fala do presidente da FMS, Ari Ricardo, que citou algumas categorias que estão mais suscetíveis a problemas de saúde mental, como os profissionais de saúde e segurança. “Este é um assunto que precisa ser discutido porque nos tempos atuais a sociedade está cada vez mais doente. A maior parte destes casos poderia ser evitada se fosse dado o tratamento correto, se fosse respeitada a situação de saúde mental dessa pessoa, que por vezes é entendido como besteira, desculpa ou preguiça”, comentou o presidente.
PALESTRANTE
O evento segue na tarde de hoje (29) com a palestra ministrada por Hugo Monteiro, pós-doutorado em estudos da criança, doutor em educação, mestre em letras, e especialista em neuropsicologia e psicologia cognitivo comportamental. Professor da UFPR e pesquisador da área de saúde mental de crianças, adolescentes e adultos. Autor do livro “A geração do quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar”.
