A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) participou, como parceira, nesta sexta-feira, (23), na Praça da Liberdade, Centro de Teresina, de mais uma edição do Projeto Defensoria Pop Rua, da Defensoria Pública do Estado do Piauí. A ação tem como objetivo levar serviços descentralizados, de iniciativa pública e privada, à população em situação de rua da capital.
Além da Semcaspi, são parceiros do Projeto Defensoria Pop Rua: DPU; Justiça Federal; Receita Federal; TRT-PI; TRE; MPT-PI; FMS; Guarda Municipal; Semduh; Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI); Gamil; Sejus; Instituto de Identificação; Ouvidoria Geral do Piauí; Sasc e Cendfol.
Segundo Allan Cavalcante, secretário da Semcaspi, ações como essas devem ser apoiadas e abraçadas, principalmente, por se tratar da vulnerabilidade do público, que é a população em situação de rua.
“Nós enquanto assistência municipal, temos buscado apoiar e entrar como parceiros em iniciativas como a Defensoria Pop Rua. Fazemos questão de estar presente e dar o apoio devido a cada edição. Trouxemos para a Praça da Liberdade equipes do Centro Pop e SEAS, reforçando o que já fazemos com os nossos serviços ofertados pelo Centro de Valorização para a População em Situação de Rua”, ressaltou.
De acordo com Patrícia Monte, coordenadora do projeto Defensoria Pop Rua, a ação tem como objetivo fazer a busca ativa e disponibilizar informações e serviços de assistência social e benefícios previdenciários à população em situação de rua.
“São pessoas extremamente vulneráveis, que raramente acessam os prédios públicos, órgãos públicos, então, é necessário que nós venhamos às praças para fazer essa busca ativa. Ontem, a Defensoria andou aqui e distribuiu folhetos. Pedimos a mobilização deles, para se fazer presente na ação, porque é uma oportunidade única. Segundo o Cadúnico, nós temos mais de mil e duzentas pessoas em situação de rua. Elas precisam ser visíveis ao poder público e também a sociedade”, destacou.
OPORTUNIDADES
José Pereira Filho, ex-morador de rua, estudante de psicologia do 7º período, comenta que foi suas vivências nas ruas, que fez com que ele adquirisse o conhecimento das necessidades deste público.
“Eu sou ex-morador de rua, com cadastro no Centro Pop, sou uma das pessoas que assim como a maioria dos que estão sendo atendidos aqui, se alimentaram no Restaurante Popular. Não vou falar de sofrimento, mas de aprendizagem. A gente aprendeu muito nas ruas de Teresina. A dignidade que a gente conquistou, mas só foi possível com o apoio das políticas públicas, essenciais para traçarmos novos caminhos”, garantiu.