A Secretaria Municipal de Educação (Semec) estuda a agregação de novas estudantes da Rede Pública Municipal de Teresina ao programa Erradicação da Pobreza Menstrual. Atualmente, a coordenação do programa avalia o cadastro de estudantes, a partir da inscrição do Número de Identificação Social (NIS) do programa Bolsa Família.
A estimativa é de que a Rede irá atender em torno de 6.000 estudantes com kits de saúde menstrual, contemplando Ensino Fundamental Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA), contando com alunas dos 10 aos 55 anos de idade. Para participarem, os estudantes devem se inscrever no programa atestando condição de carência socioeconômica. O último cadastro foi realizado entre os dias 1 e 20 de dezembro de 2023.
Uma vez que as matrículas escolares de novas alunas encerram em 26 de janeiro e o ano letivo de 2024 se inicia em 19 de fevereiro, as responsáveis pelo programa alinham as últimas inscrições para garantia do funcionamento do programa já no primeiro semestre. Será preciso concluir o cadastramento de novas beneficiárias do programa.
A coordenadora do programa de Erradicação da Pobreza Menstrual, a assistente social Raissa Borges Diniz, destaca que o programa objetiva prevenir a evasão escolar de estudantes da Rede em situação de carência pela falta de condições financeiras de custear insumos de saúde menstrual.
“Além de entregar os absorventes, também são levadas palestras, fazemos orientações sobre cólica, Tensão Pré-Menstrual (TPM). Orientamos aquela menina que está no período da primeira menstruação, indicamos para qual Unidade Básica Saúde (UBS) que deve seguir. A pobreza menstrual não ocorre somente em questões financeiras, mas de conhecimento também. Muitas não conhecem o próprio ciclo, métodos contraceptivos, não têm acesso a um banheiro digno, a saúde de forma geral”, explica a assistente social Raissa Borges Diniz.