O livro “As insubmissões de Francisca Trindade na sua trajetória como mulher negra (1980 – 2003)”, de Sônia Maria Dias de Sousa (Sônia Terra), é resultado da sua dissertação de mestrado de Sônia Terra. A obra aborda as trajetórias de mulheres negras pela via sócio-histórica e no processo organizativo dos movimentos sociais e políticos, especialmente, com recorte no período de 1980 – 2003, em Teresina. Nessas lutas de resistência e participação política da mulher negra, destaca-se a presença de Francisca Trindade na comunidade e no parlamento, de forma a compreender sua contribuição para a política piauiense, a partir de suas insurgências e insubmissões, em prol do bem viver.
Serviço
O lançamento do livro em Teresina será realizado no dia 10 de setembro as 18hs no Clube dos Diários.
Perfil da autora
Sônia Maria Dias de Sousa, conhecida como Sônia Terra, é Mestra em Sociedade e Cultura (UESPI), Especialista em Educação, Cultura e Identidade Afrodescendente (UFPI) e em Gestão Cultural (UFRPE). Graduada em Jornalismo (UNIFSA). Técnica em Radialismo (IFPI). Teresinense, 63 anos. Servidora Pública Municipal aposentada. Assumiu de 2003 a 2010, a Presidência da Fundação Cultural do Piauí-FUNDAC. Como Presidente da FUNDAC, contribuiu na organização do Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura do Nordeste, no qual assumiu a Presidência durante 02 mandatos. Também assumiu a Presidência do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, em 2008. De 2011 a março de 2014, atuou como Diretora de Políticas Públicas para as Mulheres, da Secretaria de Assistência Social e Cidadania -SASC, do Governo do Estado do Piauí. No ano de 2014, atuou como instrutora no SEST SENAT/PI e no IFPI, através do PRONATEC, em cursos na área de formação cultural. De 2015 a 2022, atuou como Assessora Técnica na Secretaria de Governo do Estado do Piauí e atualmente ocupa o cargo de Superintendente de Direitos Humanos na Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome-SASC. É Defensora Popular e Educadora Social.
Iniciou sua militância nos movimentos de igreja desde os 13 anos, na catequese, grupos de jovens, na Juventude Operária Católica-JOC (movimento internacional de jovens trabalhadores); na Pastoral Operária-PO; no Centro de Estudos Alternativos-CEA, entre outros grupos, perpassando também pela militância partidária no Partido dos Trabalhadores-PT.
Assumidamente Mulher Negra, consolidou a sua militância no movimento negro, no movimento de mulheres e no movimento cultural. Participou ativamente da concepção e fundação do Grupo Afro-cultural “Coisa de Nêgo” – precursor dos grupos afros no estado, com significativa contribuição para a autoestima e consciência da população negra piauiense, bem como para o reconhecimento das comunidades quilombolas no Estado. Contribuiu na consolidação do Fórum de Entidades Negras do Piauí; na organização do movimento de mulheres, com enfoque na mulher negra, onde contribuiu no seu processo de organização, tendo atuado mais intensamente Instituto da Mulher Negra do Piauí – AYABÁS. Atualmente integra a Rede de Mulheres Negras do Piauí e do Nordeste.
Sônia Terra também traz no seu currículo, a militância cultural e os fazeres artísticos através da produção cultural, escrita poética, composições musicais e participações pontuais em outras áreas artísticas. É acadêmica da Academia Piauiense de Cultura-APC.
Em 2021, publicou na Colectânea “Mulherio das Letras Portugal – Poesia”. Em 2024, participou da Antologia Poética “Bússolas do Sul”, de Mulheres Negras. Em 2025, publicou na Coletânea Poética Mulheres Afrodescendentes “Letras da Resistência”. Idealizou e realiza o Projeto “Leituras Poéticas”, com poesias autorais e de escritoras negras.
Sônia Terra, atua nos mais diversificados segmentos de luta e construção política a favor da cidadania e valorização dos direitos humanos, especialmente nas questões culturais, étnico-raciais e de gênero.
