A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o arquivamento da ação penal contra a conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, Rejane Dias, não é apenas um gesto jurídico – é uma reparação moral, política e humana. É o reconhecimento oficial de que uma mulher pública, honesta e dedicada foi injustamente acusada, tendo sua integridade questionada sem fundamento.
Durante anos, Rejane carregou o peso de acusações infundadas que tentaram, sem sucesso, apagar uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação, a legalidade e o povo piauiense. Em um país onde, lamentavelmente, a espetacularização muitas vezes se sobrepõe à verdade, ela foi alvo de narrativas que não resistiram ao crivo da Justiça. E hoje, o que sempre esteve claro para quem acompanhou sua história se torna incontestável: Rejane Dias é inocente.
A decisão do STJ, unânime, reconhece aquilo que nunca deveria ter sido colocado em dúvida. Nenhuma prova, nenhum indício, nenhum ato fora da lei. Toda sua gestão à frente da Secretaria de Educação do Piauí foi respaldada por pareceres técnicos, aprovações em tribunais de contas e resultados concretos, que transformaram a vida de milhares de jovens e famílias.
Rejane foi pioneira. Sob sua liderança, o Piauí tornou-se o único estado do Brasil com ensino superior presente em todos os 224 municípios. Criou o Canal Educação, democratizou o acesso ao Enem, implementou programas inovadores como a Poupança Jovem e expandiu as escolas de tempo integral. Uma mulher à frente de grandes mudanças, guiada pela ética, pelo conhecimento técnico e, acima de tudo, por um genuíno desejo de servir.
Infelizmente, o preço por ser mulher, gestora e atuante na vida pública ainda é alto no Brasil. As tentativas de silenciamento e desmoralização vêm de todos os lados – muitas vezes, travestidas de denúncias vazias e campanhas de difamação. Mas Rejane resistiu. Com firmeza, dignidade e fé.
Hoje, sua vitória é também simbólica. Mostra que é possível enfrentar a injustiça com serenidade, e que a verdade, por mais que demore, sempre encontra seu lugar. Mostra que mulheres podem – e devem – ocupar espaços de poder sem que isso represente um alvo nas costas. E mostra que a justiça brasileira, apesar dos percalços, ainda é capaz de reparar erros quando se compromete com a verdade.
A conselheira Rejane Dias segue em sua missão pública com a dignidade de quem enfrentou a tempestade sem jamais abandonar seus princípios. E agora, com a cabeça erguida e o coração em paz, pode continuar a servir o povo do Piauí com ainda mais força e convicção.
Seu nome foi limpo. Sua história foi honrada. Sua verdade foi restabelecida.