Tatiana Medeiros quebra silêncio e Alan Dilson diz que estão querendo pegar ele pra Cristo

No último dia de instrução no Fórum Eleitorala nesta sesta-feira (28/11), a vereadora Tatiana Medeiros decidiu falar publicamente pela primeira vez desde que passou a responder a acusações de lavagem de dinheiro, peculato, fraude eleitoral e participação em organização criminosa. Ela, o namorado e outros sete réus são investigados por suposta compra de votos e por indícios de que a campanha teria recebido apoio financeiro de uma facção criminosa, ponto central da denúncia apresentada pelo Ministério Público.

Segundo o advogado Édson Araújo, a parlamentar demonstrou segurança ao responder às perguntas e expôs sua versão sobre os fatos que, segundo ela, a acompanham como uma longa travessia. O defensor afirmou que a vereadora aproveitou a oportunidade para detalhar o que considera injustiças no processo e para apresentar argumentos e elementos que sustentam sua defesa.

Tatiana Medeiros, imagem reprodução.

Durante o depoimento, Tatiana recorreu a vídeos e outros materiais audiovisuais sempre que considerou necessário reforçar suas afirmações. Com o encerramento da fase de instrução, acusação, defesa e juízo avaliarão o conjunto de provas reunidas desde segunda-feira, definindo se novas diligências serão necessárias. Pela proximidade do recesso judiciário, que começa em (20/12), a defesa já admite que o desfecho do processo pode se arrastar até 2026.

Alandilson – imagem reprodução.

“Estão querendo pegar o Alandilson para Cristo”, essa foi a fala do réu Alandilson Cardoso, por volta das 13h45 desta sexta-feira (28), quando deixava o Fórum Eleitoral de Teresina e entrava em viatura da Polícia Penal rumo a Cadeia de Altos.

Ele participou audiência de instrução e julgamento, onde prestou depoimento por apenas 20 minutos para a defesa, encerrando por volta das 13h. Alandilson é acusado de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, usura e violação do sigilo de voto.

O Ministério Público afirma que existe documentação robusta demonstrando relação direta de Alandilson com o Bonde dos 40.  O MP aponta que ele seria um operador financeiro da facção e se fundamenta em registros bancários, transações e vínculos que comprovam relação direta com diversos integrantes da organização criminosa.

A defesa de Alandilson também solicitou, em 18 de novembro, uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão completa da audiência de instrução. O processo está  sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. No próximo ano de 2026 deve sair o resultado da do inquérito dos investigados.

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