Um jovem paraplégico, que aos 24 anos é dono de imóveis, carros e empresas, foi preso por suspeita de um esquema que faturou quase R$ 3 milhões, segundo a Polícia Civil do Piauí. Usando apenas um aparelho celular, Francisco Walyson Nunes da Silva oferecia falsos serviços virtuais e desaparecia com o dinheiro das vítimas. O caso ganhou destaque nesse domingo (02/05), no Domingo Espetacular.
A investigação iniciou ainda no ano de 2020 quando a Polícia Civil identificou que um cidadão da zona Norte de Teresina estava praticando golpes on line. Foram feitas diligências policiais e identificado o responsável pela engenharia criminosa, bem como o patrimônio obtido por meio do crime.
O delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), afirmou que “o golpe consistia no principal investigado, ao se apresentar em redes sociais como suposto hacker e até mesmo suposto “pai de santo” para oferecer “serviços” a suas potenciais vítimas. Falsa promessa, porque esses serviços nunca eram realmente prestados, segundo os relatos das vítimas. Pois ele bloqueia as vítimas logo após receber pagamentos em dinheiro. Foram identificadas vítimas nos 27 estados da federação.”
O suspeito se autointitulava pela alcunha de “Branco” e se associou a diversos familiares que o auxiliaram na prática do crime de estelionato e na posterior lavagem do dinheiro obtido como proveito dos golpes.
Todos os investigados confessaram a prática dos crimes em interrogatório policial.
Segundo a Polícia Civil, Franicisco Walyson, mãe, irmão e tio movimentaram quantias elevadas de dinheiro em depósito em torno de R$ 2 milhões de 2017 a 2020.
A Polícia Civil alerta que é constante o anúncio na internet de serviços que nunca serão prestados, ou a venda de produtos que não existem. “O cidadão deve estar atento ao usar a rede mundial de computadores para realizar contratações ou mesmo interações pessoais”, alertou a PC.
A Polícia Civil do Piauí deflagrou a fase ostensiva da Operação “X” na última quinta-feira (29/04) com o cumprimento de mandados de prisão temporária, busca e apreensão e sequestro de bens em Teresina. As diligências duraram até a noite de sexta-feira (30/04).
Durante operação foram deferidos três mandados de prisão temporária, sendo uma cautelar diversa da prisão, cinco mandados de busca e apreensão, e o sequestro de bens obtidos como proveito do crime – imóveis, veículos, demais ativos financeiros.
“A Polícia Civil tem se especializado no ataque ao patrimônio de associações criminosas que praticam crimes financeiros. A Operação “X” é mais um passo no desenvolvimento dessa metodologia de trabalho”, afirmam os delegados Matheus Zanatta e Yan Brainer, que participaram dos trabalhos investigativos.
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