TRE-PI diz que cabe à Câmara Municipal de Teresina decidir se convoca ou não o suplente da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) para assumir o lugar deixado por ela no Legislativo. Foi o que afirmou o vice-presidente e corregedor do TRE-PI, desembargador Ricardo Gentil. O suplente da vereadora é Leôndidas Júnior. A Câmara havia oficiado o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) para saber como proceder no caso da prisão e afastamento da parlamentar. O desembargador Ricardo Gentil, afirmou que esta é uma decisão que a própria Câmara deve tomar.
“Acho que a Câmara deve resolver o problema internamente. Acho que temporariamente a questão está posta deste jeito. Ela está afastada por decisão judicial e cabe à Câmara analisar dentro da sua atuação como resolver o problema. No momento, estamos mais preocupados com a questão atinente à justiça eleitoral”, explicou o desembargador.

Ricardo Gentil Eulálio Dantas, vice-presidente do TRE-PI
A Corte Eleitoral julga na próxima segunda-feira (14) o pedido de Habeas Corpus feito pela defesa de Tatiana Medeiros, alegando que não há motivo para manter sua prisão preventiva. Os advogados afirmam que a parlamentar não tem intenção de fugir e não representa risco para a instrução processual. A acusação a ela imputada – compra de votos e envolvimento com facção criminosa – também não têm relação com o presente e aconteceram antes do pleito, argumenta a defesa.
Tatiana Medeiros está presa há oito dias. Detida na Operação Escudo Eleitoral II, da Polícia Federal, ela é acusada de usar dinheiro ilícito para financiar a campanha de 2024 e de envolvimento com uma facção criminosa em Teresina.

Tatiana Medeiros foi presa no último dia 03 de abril pela Polícia Federal
Questionado sobre a expansão das facções e a possível relação destes grupos com crimes eleitorais, o vice-presidente do TRE-PI garantiu que a Justiça Eleitoral está atenta a esta questão para as eleições gerais de 2026, bem como à ampliação do uso da Inteligência Artificial. “O TSE está tomando todas as providências e organizando frentes de atuação com relação a isso. As eleições de 2026 serão extremamente desafiadoras, a IA e o avanço destas organizações sempre são um desafio, mas a Justiça Eleitoral está se preparando a contento para enfrentá-los”, finaliza Ricardo Gentil.
Com informações do portal O Dia