O movimento #Fora Raimundo Neto será realizado pelo Sindicato dos Urbanitários do Piauí em protesto contra atual gestão da Agespisa.
Para o Sintepi, esse projeto do governo é mais uma tentativa de camuflar as denúncias que vêem sendo feitas contra a atual gestão da Agespisa e que começam a ser investigadas por órgãos de controle. “O governo está tentando maquiar os problemas sérios de gestão que ele mesmo criou nos últimos anos, alegando que vai terceirizar mais ainda alguns setores, inclusive os operacionais, como arrecadação, faturamento, entre outros. Mas a sociedade não é leiga e não vamos permitir esse projeto, feito sem nenhum estudo e sem o conhecimento da base, pois sabemos que há muito tempo querem entregar a Agespisa para a iniciativa privada. Privatizar a Agespisa, depois de anos de saques e más gestões, é uma ação que a sociedade não aceita”, disse o vice-presidente do Sindicato, Francisco Ferreira.

Com a privatização que o governo pretende implantar aos poucos na Agespisa, grupos privados passarão a investir menos na qualidade do saneamento e esgotamento, segundo sindicalistas e servidores. “Todos sabem que investir visando a qualidade de vida da população não é a visão de uma empresa privada. O que tememos é voltar ao primitivismo, quando a população sofria à cata de água com latas d’água na cabeça e utilizando as velhas cisternas no quintal”, disse o diretor do Sintepi João Carlos Brasil.
Francisco Ferreira disse que a partir de agora o enfrentamento será intensificado contra o projeto de entregar setores importantes da Agespisa para empresas terceirizadas. “Sabemos que esses projetos de privatizar companhias públicas de água e esgoto de cidades como Manaus e Cuiabá foram um desastre. Tanto que o Governo interveio e as empresas voltaram a ser geridas pelo poder público. Por que aqui a privatização daria certo? A população vai ser a maior prejudicada com essa política do governo, pois os serviços serão os piores possíveis e as tarifas serão exorbitantes”, denunciou Ferreira.
