Diretor Pedagógico do IFPI/Campus Angical fala sobre expansão da Instituição

Angical – 07 de dezembro de 2012. Com a formação das chapas para nova Reitoria do Instituto Federal do Piaui, surgem vários boatos e propostas as vezes sem fundamentos de alguns candidatos ao cargo de reitor do IFPI.

Ultimamente com a chegada das eleições para a nova reitoria do IFPI, falasse muito, na possibilidade da instalação de um Campus do IFPI em Água Branca, proposta deixada a mesa, por alguns candidatos, que tem como alvo os alunos, que residem em Água Branca, mas que estudam no Campus IFPI/ Angical, que por sinal é maioria na entidade.

Tendo em vistas estas propostas que andam circulando pela Região do Médio Parnaíba, o Diretor Pedagógico do Instituto Federal do Piaui – IFPI/ Campus Angical, Vitor Marques, entrou em contato com a redação do PORTAL MPIAUI e falou sobre o assunto.

Veja entrevista com Diretor Pedagógico do IFPI/Campus Angical:

Mpiaui: Como funciona o processo de expansão do IFPI?

Vitor Marques: Com a  terceira fase de expansão da rede federal inclui quatro universidades, 47 campi universitários e 208 institutos de educação, ciência e tecnologia.

A interiorização do desenvolvimento econômico e social é o principal norteador da terceira fase de expansão da rede de ensino e pesquisa federal, que deverá abrir 250 mil vagas de ingresso nas universidades federais e de 600 mil matrículas nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em 2014. Além de democratizar o acesso ao conhecimento, os projetos estão integrados aos Arranjos Produtivos Locais e aos grandes investimentos industriais e de infraestrutura, de modo a qualificar profissionais e desenvolver tecnologias necessárias ao progresso com distribuição de renda. 

 Mpiaui: Como é realizada a escolha dos locais para construção de um Campus?

Vitor Marques: Do ponto de vista da erradicação da miséria, a escolha dos locais procurou responder à injustiça histórica, que manteve grandes áreas do País sem desenvolvimento econômico. Ao critério de espalhar as unidades de acordo com a divisão regional, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram adicionados outros dois: combater a formação de grandes cidades dormitórios e atender às regiões rurais de menor desenvolvimento humano. Neste sentido, foram contempladas 83 das 103 cidades com mais de 80 mil habitantes e menos de R$ 1 mil de investimento per capita por ano; e apenas 3 dos 120 Territórios da Cidadania não receberam um instituto ou universidade porque não têm a densidade demográfica que justificasse o investimento.

 

Outros critérios de escolha foram os baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e a porcentagem de jovens de 14 a 18 anos nas séries finais do ensino fundamental. 

Foram considerados também a alta porcentagem de extrema pobreza e o objetivo de atender municípios ou microrregiões com população acima de 50 mil habitantes. O plano leva em consideração ainda a meta de atender a todas as mesorregiões brasileiras com ao menos uma unidade de ensino federal.
Mpiaui: Quanto o governo federal pretende investir na expansão de campus pelo estado? 

Vitor Marques: A União vai investir cerca de R$ 7 milhões por unidade de educação profissional e R$ 14 milhões no caso de campus universitário. O plano de expansão prevê a criação de quatro universidades federais, a abertura de 47 campi universitários e 208 unidades dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, construídos em parceria com as prefeituras que doam os terrenos. 

Até 2012, a meta é concluir 20 campi universitários em oito estados e 88 unidades de institutos federais em 25 estados e o Distrito Federal. A previsão para as demais unidades é até o final de 2014.

O plano implicou a criação de quatro novas universidades, sendo duas na Bahia e as outras no Pará e no Ceará.

Os detalhes do perfil econômico e social das regiões atendidas podem ser verificados em  base de dados do Ministério da Educação.

 Mpiaui: Para o senhor como funciona o processo de escolha das microrregiões onde são instalados os Campus?

Vitor Marques: A Microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes. Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual.

Entretanto, raras são as microrregiões assim definidas. Consequentemente, o termo é muito mais conhecido em função de seu uso prático pelo IBGE que, para fins estatísticos e com base em similaridades econômicas e sociais, divide os diversos estados da federação brasileira em microrregiões.

Mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa.

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